O caso do mendigo de Curitiba


Um rapaz enrolado em um cobertor "tomara que amanheça" abordou uma radialista, Indy Zanardo, nas ruas da cidade de Curitiba e pediu para tirar uma foto dele. Disse que queria ficar famoso e que levasse a foto para a rádio. Indy explicou que isso não seria possível, mas que com certeza ele ficaria famoso entre seus amigos no Facebook e compartilhou a tal foto. Como tudo na internet, a foto virou uma sensação e logo se espalhou pelo país inteiro, quiçá pelo mundo. O "mendigo de Curitiba", como ficou conhecido, parecia algo impossível de acontecer: um rapaz tão bonito e era também mendigo? Essa semana, a família do dito cujo apareceu e explicou que o rapaz chegou a ser modelo, mas acabou se envolvendo com crack e o resultado é esse que vemos. A família tentou interná-lo, mas ele se recusa. Uma situação real e tão lamentável que me fez lembrar da Cracolândia, um lugar na cidade de São Paulo onde o crack rola solto e, embora a polícia e o governo já tenham tentado algumas vezes pelo menos diminuir o número de usuários, parece que o crack é o rei de uma nação de zumbis sedentos.

Sendo da área da saúde, a gente aprende o que uma substância pode fazer com o corpo. O crack detona de tal forma, que a pessoa realmente parece um zumbi que só sabe ver crack na frente. O nível de dependência da droga é um dos mais altos conhecidos e com certeza já destruiu muitas famílias ao redor do mundo. Muitos questionam se o rapaz realmente é viciado, pois ainda mantém boa aparência. Eu acredito que ele mesmo esteja tentando travar uma batalha contra o vício e por isso queria ficar famoso. Talvez, na cabeça dele, isso o salvaria desse inferno em que ele vive. De qualquer forma, podemos perceber que o vício não escolhe cor, raça, religião, situação socio-econômica, muito menos beleza. Infelizmente o governo brasileiro não dá atenção o suficiente para essa realidade e muitos acabam se perdendo e se matando por causa do crack.

Eu só espero que esse rapaz consiga se livrar desse mundo obscuro com a ajuda de outras pessoas e da família. Ele é só um dentre tantos milhões, mas se conseguir se recuperar será menos um e isso conta muito!

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