MadCurioso: Narval

Sempre me perguntam em que me inspirei para fazer o mascote. Bem, num próprio narval oras bolas! Só que pouca gente sabe o que é um narval. Para acabar de uma vez por todas com esse impasse, finalmente resolvi explicar em detalhes o que é, como é, onde se encontra um animal desses.

Qualquer semelhança não é mera coincidência!

Pois bem, imagine uma baleia. Agora imagine uma baleia com um chifre longo e pontudo na testa. Não, não é invenção do Lewis Carroll, é um animal que existe de verdade! O narval é um cetáceo que (é primo da beluga também, sabia?) tem de 4 a 5 metros de comprimento e pode pesar até 1,5 toneladas. Não tem barbatana dorsal (aquela que o golfinho e o tubarão tem nas costas) e apesar de ser grandão e gordinho, ele nada bem rápido quando se sente ameaçado. O chifre na verdade é um dente que se projeta para a frente do bicho numa espiral e é feito de marfim (o mesmo material daqueles dentões dos elefantes). Alguns desses chifres podem medir mais do que a metade do comprimento do narval que o possui. Alguns podem ter 2 chifres desse, mas é raro. Esse chifre também funciona como um sensor, ajudando o narval a detectar suas presas com maior facilidade e quando levantam-nos para fora da água, no ar, possivelmente estão medindo a temperatura e pressão do ambiente e isso teoricamente os ajudaria a evitar regiões em que esteja havendo congelamento por exemplo. Eles também são importantes para defesa, "paqueras" e principalmente na luta pelo poder entre machos.

Caçador Inuit encontra um raro narval de 2 chifres. (continue lendo para entender porque ele o matou)

Geralmente andam em bandos de até 10, mas podem chegar a mais no verão. Apesar de terem um convívio pacífico na maior parte do tempo, às vezes os machos disputam pela hierarquização. Eles geralmente se alimentam de bacalhau, lulas, pequenos crustáceos e outros animais que vivam em águas frias. Com facilidade conseguem ficar submersos por 15 minutos a mais de mil metros de profundidade.

Como seu chifre é feito de marfim, a caça se intensificou em busca do precioso material nos últimos mil anos, principalmente porque os vikings os caçavam na Groenlândia e vendiam seus chifres pro resto da Europa, alegando que eram chifres de unicórnios (o que com certeza fazia seu preço valer mais do que ouro) e também por isso são chamados de "unicórnios do mar". Eles sumiram daquela região, mas hoje há alguns que vivem no Ártico. Graças a programas de proteção, a população de narvais hoje chega a uns 50mil indivíduos aproximadamente. A caça só é permitida com restrições e os Inuits são um dos poucos que tem autorização para matá-los e comê-los por questão de sobrevivência, mas eles os respeitam muito e utilizam seus chifres para ornamentos detalhadamente esculpidos e muitas vezes os moem para utilizar seu pó para fins terapêuticos.

O narval pode chegar a ter uma longevidade de 30 a 40 anos de idade. Suas crias nascem sempre no verão depois de uma gestação de 14 a 15 meses. O bebê ainda mama por mais 20 meses na mãe. Orcas, morsas e ursos polares são seus maiores predadores naturais. Não há registros de pessoas que tenham sido atacadas por um narval.

Esqueleto de um narval: agora você pode entender como o chifre se prende à cabeça.

Veja-os em ação:

 

Bônus com a musiquinha que o nosso mascote "adora" :