MadBizarrice: a demoníaca Unidade 731
A tecnologia moderna e a medicina devem muito às experiências do passado. Graças a elas, toda uma gama de possibilidades e limites foi esclarecida para que pessoas do futuro pudessem ter uma vida mais tranquila e saudável. Entretanto, a história nos mostra que o preço a se pagar pode ser muito além do que se poderia alguma vez prever. E se você achava as experiências dos nazistas, russos e americanos cruéis é porque ainda não conheceu as dos japoneses. Os nazistas eram uma criança arrancando as asas de uma joaninha perto dos monstros de olhos puxados.
O exército imperial japonês já foi citado aqui no blog por ter exterminado os samurais no começo do século passado (veja aqui), mas eles tinham planos mais sombrios e ações mais radicais para fazer do que matar os outros a tiros e espadadas. Eles eram os responsáveis pela unidade 731, um dos maiores crimes de guerra da humanidade.
ATENÇÃO: o texto a seguir tem imagens e conteúdo que podem ser fortes a leitores sensíveis. Recomendamos cautela.
O que era a Unidade 731?
Em 1931, o Japão invadiu a Manchúria, na China. Eis que alguns viram uma oportunidade única de construir um complexo de utilidade pública. Inicialmente era o Departamento de prevenção de epidemias e purificação de água, ou seja, era um laboratório químico que tinha a função e responsabilidade de manter a população japonesa saudável de doenças e outras coisas que pudessem contaminá-la. Ok, tudo certo até aí, não é mesmo? Afinal era uma coisa boa, ótima aliás! Só que não nesse caso. O gigantesco complexo, inclusive muito maior do que o de Auschwitz (se quiser conhecê-lo melhor, clica aqui), abrigava edifícios administrativos, laboratórios, galpões, uma prisão para manter as cobaias conhecido como 'Castelo Zhong Ma' e que era o prédio central, um edifício de autópsias e dissecação e três fornos crematórios.
Ficava no distrito de Pingfang, na cidade de Harbin, no estado fantoche (isso significa que é um território cuja liderança é de um país estrangeiro, no caso o estado ficava na China, mas era o Japão que mandava nele, entendeu?) de Manchukuo (nordeste da China), resumindo: ficava na Manchuria. Um campo localizado em Mukden, detinha os prisioneiros de guerra americanos, britânicos e australianos, que também eram usados nas experiências.
A unidade operou durante a Segunda Guerra Mundial e Segunda Guerra Sino-Japonesa. Depois que passou a ser responsabilidade do exército imperial, o responsável pelo local era o médico Shiro Ishi.
Tudo o que acontecia ali era ultrassecreto e o governo japonês fez questão de manter esse segredo por muitos anos, até quase o final do século passado.
“Mesmo que o trabalho de um médico seja curar os doentes, o trabalho que esta equipe está prestes a embarcar é o completo oposto destes princípios.” - parte do discurso de Shiro Ishi durante a cerimônia de inauguração do complexo
A mão-de-obra
Cientistas e militares faziam parte do quadro de funcionários, mas a verdadeira sacada da coisa toda foi o trabalho forçado de chineses que construiu o complexo todo (nem quero imaginar o que esse pessoal viu por lá...).
Quem era Shiro Ishi?
Uns o chamam de demente, outros de demônio e tem até uns que o chamam carinhosamente de filho de uma meretriz, mas vamos usar as informações oficiais: um médico japonês formado na Universidade de Kyoto, microbiólogo e tenente-general oficial do exército de Guangdong, ou seja, o chefão da coisa toda. Ele adorava pesquisar e desenvolver armas novas para o exército e tinha um carisma notável com qualquer coisa relacionada a isso. Rapidamente ele conseguiu não só subir de cargo, mas também conseguiu uma verba anual excelente e 300 homens para começar suas experiências e desenvolver nada mais, nada menos do que armas biológicas. As cobaias também não foram difíceis de conseguir, o que reduziu seus custos. Seu primeiro trabalho foi chamado de "Unidade Togo" e era ultrassecreto.
Ishi era frio e muito metódico. Tinha todos os dados perfeitamente organizados e jamais se arrependeu de ter feito 1 experiência sequer. Morreu em 1959 de câncer na laringe.
O perfil geral das cobaias
Bastavam os prisioneiros de guerra,
criminosos e suspeitos de
conspiração ou crime. Estrangeiros como soviéticos, filipinos, chineses e
aliados também não escapavam. Não importava se era homem, mulher, idosos ou crianças. Basicamente Shiro via toda e qualquer
pessoa que não falasse sua língua, o japonês, como uma cobaia perfeita
para os mais variados testes de sua unidade.
Inclusive apelidava as cobaias estrangeiras de "troncos" (marutas), já que para ele não serviam pra muita coisa e também não sabiam se comunicar com ninguém. O restante das cobaias eram tidos como "macacos" mesmo. Eram numerados de 0 a 500, mas ironicamente recebiam uma ótima alimentação e eram obrigados a fazer exercícios. Segundo o tio Ishi: "cobaia boa é cobaia saudável". (ok, ele não disse exatamente assim, mas foi basicamente isso)
Inclusive apelidava as cobaias estrangeiras de "troncos" (marutas), já que para ele não serviam pra muita coisa e também não sabiam se comunicar com ninguém. O restante das cobaias eram tidos como "macacos" mesmo. Eram numerados de 0 a 500, mas ironicamente recebiam uma ótima alimentação e eram obrigados a fazer exercícios. Segundo o tio Ishi: "cobaia boa é cobaia saudável". (ok, ele não disse exatamente assim, mas foi basicamente isso)
As experiências
O tio VIshi gostava de variar. De bactérias letais a câmaras de vácuo, ele tentou de tudo. Aí vai uma singela lista com algumas experiências mais famosas:
-micro-ameaça: bactérias e vírus letais eram aplicados nas cobaias e também disseminados em cidades chinesas ao redor. Anthrax, peste negra, tifo, cólera, doenças venéreas e disenteria mataram milhares. A disseminação geralmente ocorria quando jogavam esses agentes nas plantações ao redor, contaminavam a água e às vezes jogavam roupas contaminadas de aviões sobre as cidades. Depois observavam os dados vindos das populações diminuírem e de óbitos. Um guerrilheiro sobreviveu 19 dias com uma doença grave, febre de 40 graus e só morreu quando o abriram ainda vivo para estudá-lo.
-congelamento: durante o inverno, a atividade militar diminuía drasticamente. Como resolver? Simples: vamos congelar todo mundo e ver no que dá! Pelo menos foi isso o que Ishi pensou e de fato fez. As cobaias eram levadas nuas para o exterior por um bom tempo e a temperaturas muito abaixo de 0. Quando seus membros ficavam congelados, então um soldado batia nele com um pedaço de pau até fazer aquele som metálico que significava que tudo estava realmente congelado. Depois a cobaia era levada a outro laboratório e lá eram aplicadas novas técnicas de descongelamento.
Soldados esperam cobaias congelarem. |
-ar, santo ar: Ishi queria saber o que acontecia quando uma pessoa respirava determinado tipo de gás ou o que acontecia quando não havia gás nenhum. Muitos morreram envenenados e sufocados, principalmente com gás fosfina e cianureto de potássio. Quanto à questão da falta de ar, Ishi resolveu com uma câmara de vácuo/descompressão. As cobaias tinham uma morte lenta e extremamente dolorosa conforme eles retiravam aos poucos os gases da câmara como oxigênio e gás carbônico. O grand finale era quando os olhos explodiam (é sério!).
Cena exposta no museu da Unidade 731 mostra uma câmara de descompressão e a cobaia agonizando. |
-suspensão: alguns pacientes eram suspensos e ficavam pendurados de cabeça para baixo por longos períodos de tempo ou pelo menos até morrerem asfixiados.
-choque: o que acontece com uma pessoa que leva um tremendo de um choque? Para Ishi, 20mil volts era pouco!
-embolias: eram injetadas variadas quantidades de ar nas veias e órgãos das cobaias. Conforme a evolução, novos dados eram coletados até que a cobaia morria de embolia.
-estranho no ninho: algumas cobaias tinham urina de cavalo injetada em seus rins e sangue de animais injetado em seus órgãos e veias. Algumas eram obrigadas a comer misturas estranhas.
-injeções letais: se uma determinada substância é injetada no corpo, o que acontece? Geralmente quem sobrevivia a alguma outra experiência era mandado para a ala das injeções letais. Nem preciso dizer que a morte era uma das piores do lugar, né?
-sinta a radiação: muitos eram expostos a variadas doses de raios-x para saber o que a radiação fazia com o corpo humano.
-sinta a radiação: muitos eram expostos a variadas doses de raios-x para saber o que a radiação fazia com o corpo humano.
-vivissecção: para saciar a curiosidade de saber como o corpo humano funcionava por dentro, as cobaias que sobreviviam a certos experimentos e outras que ainda não tinham passado por nada eram deitadas, amarradas e sem anestesia os médicos a abriam ainda viva e acordada. Órgão por órgão era retirado até que finalmente a cobaia morresse. E não pense que eles faziam por fazer não. Tudo era perfeitamente cronometrado para se ter ideia de quanto tempo em média uma pessoa conseguia sobreviver a uma prática dessas.
Cortei abrindo-o do peito ao estômago enquanto ele gritava terrivelmente. Para os cirurgiões, isto era o trabalho rotineiro - Legista anônimo, Unidade 731
Um médico faz uma cesária de uma mulher que engravidou depois de ser estuprada. Aconteceu sem anestesia. |
-corta fora: membros eram amputados para saber quanto tempo o paciente aguentava vivo e quanto de sangue saía.
-costura de novo: membros amputados eram costurados em outras partes do corpo pra saber se conseguiam se regenerar e se manter vivos.
-sem suprimentos: a comida e a água eram tiradas e então começavam a contar quanto tempo a pessoa aguentava viva.
-rodando: pessoas eram colocadas em centrífugas para ver o quanto aguentavam e o que aconteciam (se sobrevivessem, é claro).
-trocando as bolas: removia-se o intestino e depois o costurava de volta, só que de cabeça pra baixo (a parte que se conectava ao reto passa a se conectar com o estômago e vice-versa, entende?) pra ver se continuava funcionando.
-dando uma salgada: era injetada água do mar ou água com quantidades absurdas de sal nas veias e órgãos da cobaia.
-alvos vivos: pessoas eram usadas como alvos para diferentes armas como granadas, espingardas, revólveres, bombas, etc.
-delivery: se o Dr. Ishi precisasse de um cérebro por exemplo, era só dar a ordem e os soldados pegavam uma cobaia, apoiavam seu rosto no chão, com um machado quebravam o crânio, retiravam o cérebro e corriam para entregá-lo no seu laboratório.
Ishi acreditava que a anestesia mudava os resultados e por isso não a usava. Usava a mesma desculpa para justificar o uso de pessoas vivas.
O descarte
Os 3 crematórios cuidavam dos corpos e das doenças.
Ishi era o típico perfeccionista. A documentação de suas experiências era tão organizada que elevou ainda mais a qualidade de seu trabalho e o tornou pioneiro, dando-lhe muita credibilidade. Cada experiência era cronometrada e todos os dados e óbitos eram anotados. Nada era deixado para trás, nada era omitido, tudo era escrito por cada soldado e assistente nas folhas dos relatórios. A única modificação realizada por Ishi afim de manter o segredo sobre as experiências em humanos é que ele substituiu a palavra "humano" por "macaco".
Enfim, os dados fornecem até hoje informações necessárias para a ciência e medicina modernas. Por exemplo, agora sabemos que o vácuo total faz olhos explodirem e que um ser humano pode perder membros congelados com extrema facilidade.
Estima-se que pelo menos 200mil tenham morrido segundo os dados oficiais, mas alguns acreditam que o número foi bem maior considerando-se os dados de óbitos das cidades atingidas.
Enfim, os dados fornecem até hoje informações necessárias para a ciência e medicina modernas. Por exemplo, agora sabemos que o vácuo total faz olhos explodirem e que um ser humano pode perder membros congelados com extrema facilidade.
Estima-se que pelo menos 200mil tenham morrido segundo os dados oficiais, mas alguns acreditam que o número foi bem maior considerando-se os dados de óbitos das cidades atingidas.
Encerramento das atividades
A guerra tinha finalmente acabado e não havia mais interesse naquele tipo de pesquisa, então as atividades da Unidade 731 foram encerradas e as pesquisas interrompidas. Ishi tomou o cuidado de que todos fizessem um juramento para se manterem calados diante das atrocidades vistas naquele lugar, inclusive as cobaias sobreviventes foram proibidas de revelarem alguma coisa.
O complexo foi destruído e incendiado. Todo mundo foi pra casa e fingiu que nunca viram nada daquilo.
Os insetos e ratos contaminados foram soltos na região e mataram mais gente ainda.
A conspiração
O serviço de inteligência americano possuía uma cacetada de dossiês sobre as atividades suspeitas do local. Sim, eles sabiam exatamente o que o tio Ishi estava aprontando. Entretanto, mais excitados com as possibilidades de obterem dados exclusivos e vantajosos sobre uma possível guerra com os soviéticos, o governo dos Estados Unidos da América do Norte (que fique bem claro) concedeu imunidade a todos e ajudou a encobrir os segredos mais obscuros em troca de cópias dos dados obtidos. Claro que este acordo também foi mantido em segredo e Ishi não queria ninguém atrapalhando suas experiências, então concordou.
Mesmo prisioneiros americanos retornando para casa e denunciando as atrocidades, a justiça já estava avisada e encobria o caso com mentiras, depois coagia os soldados a se calarem. Se uma só denúncia fosse levada a sério, haveriam problemas colossais para todo mundo.
Acredita-se que Ishi ainda morou alguns anos nos Estados Unidos desenvolvendo armas biológicas, mas nunca foi provado.
Mesmo prisioneiros americanos retornando para casa e denunciando as atrocidades, a justiça já estava avisada e encobria o caso com mentiras, depois coagia os soldados a se calarem. Se uma só denúncia fosse levada a sério, haveriam problemas colossais para todo mundo.
Acredita-se que Ishi ainda morou alguns anos nos Estados Unidos desenvolvendo armas biológicas, mas nunca foi provado.
A caixa de Pandora abre
Depois do encerramento de tudo, Ishi quis continuar algumas poucas pesquisas e para isso levou algumas cobaias para seu laboratório em Tóquio. Feito o trabalho, os corpos foram enterrados sob o chão de Tóquio, em valas comuns.
Tudo certo, tudo ok até que em 1989 trabalhadores que escavavam sob o chão para realizar uma obra pública encontraram um cemitério assustador em seu caminho. Como os corpos tinham ido parar lá? Com tanta pressão já não era mais possível o governo japonês manter o segredo.
As antigas cobaias então decidiram quebrar o silêncio. As histórias bizarras e surreais surgiam de todos os cantos do mundo e se espalhavam rapidamente. Americanos como Joseph Gozzo, cuja experiência foi de bastões de vidro introduzidos em seu ânus, e Max McClain, que passou por inúmeras doses de injeções experimentais, tentaram gritar ao mundo que os monstros ainda estavam soltos. Infelizmente dos 200 sobreviventes, apenas 1 foi chamado para uma audiência.
Tudo certo, tudo ok até que em 1989 trabalhadores que escavavam sob o chão para realizar uma obra pública encontraram um cemitério assustador em seu caminho. Como os corpos tinham ido parar lá? Com tanta pressão já não era mais possível o governo japonês manter o segredo.
As antigas cobaias então decidiram quebrar o silêncio. As histórias bizarras e surreais surgiam de todos os cantos do mundo e se espalhavam rapidamente. Americanos como Joseph Gozzo, cuja experiência foi de bastões de vidro introduzidos em seu ânus, e Max McClain, que passou por inúmeras doses de injeções experimentais, tentaram gritar ao mundo que os monstros ainda estavam soltos. Infelizmente dos 200 sobreviventes, apenas 1 foi chamado para uma audiência.
"Éramos apenas pequenas peças de um jogo, sempre soubemos que existia um encobrimento" - Frank James, ex-prisioneiro de guerra
O governo americano insistiu que os documentos obtidos já haviam sido devolvidos aos japoneses ainda na década de 50, entretanto há havia fotocópia naquela época (vulgo xerox). Claro que poucos acreditaram.
Os governos dos Estados Unidos e Japão continuaram negando a existência de tais experiências, mesmo com documentos americanos ultrassecretos se tornando públicos, principalmente em 1993 com um documento que falava exatamente sobre os planos americanos para armas biológicas da Segunda Guerra Mundial.
Os Estados Unidos e Japão foram acusados de quebrar o acordo de proibição de uso de cobaias humanas em experiências científicas da Convenção de Genebra de 1925, o que é uma das coisas mais graves que um governo pode fazer. Sem contar que eles permitiram que seus próprio cidadãos servissem de cobaias.
Livros usados que eram de um oficial foram encontrados em um sebo e continham anotações detalhadas sobre algumas experiências. Ali foi outra prova de que a Unidade 731 realmente tinha existido e realizado atrocidades com humanos.
Os monstros estão realmente soltos?
Segundo relatos, um dos cientistas chegou a dirigir uma das mais importantes indústrias farmacêuticas japonesas, outro virou presidente do Comitê Olímpico do Japão, outro se tornou presidente da Associação Medica japonesa e vice da Green Red Cross Corporation e um especialista da equipe de congelamento dirige uma empresa frigorífica japonesa. Mas o pior foi que Shiro Ishi chegou a se tornar o governador de Tóquio na década de 50! E não, nada aconteceu com eles até hoje.
A situação hoje
O governo japonês nega até hoje grande parte das atrocidades da Unidade 731 e jamais fez um pedido de desculpas publicamente como a Alemanha fez depois da guerra. Também negou indenizações às vitimas ou às famílias delas. Também não puniu ninguém e nem vai punir.
A China fez uma réplica do complexo próximo do local original e criou um museu para provar e mostrar que aquele foi o maior e pior palco de demências que já existiu.
Assim como em Auschwitz podemos ver que a maldade humana, quando não há limites, se torna quase que surreal! E eu imagino quantos outros segredos obscuros estão ocultos pelo mundo, coisas que até Deus, Alá, Buda, Shiva e tantos outros duvidam. Não há escalas para medir a maldade, mas certamente há a história para nos alertar que coisas desse tipo jamais devem acontecer novamente.
Veja mais:
Filmes: Men Behind the Sun (China, 1988, Tun Fei Mou); Philosophy of a Knife (Rússia, 2008, Andrey Iskanov)
Documentário: 731: Two Versions of Hell (2007, James T. Hong)
Livros: Factories of Death por Sheldon Harris; Unit 731, Japan's Secret Biological Warfare in World War II por Peter Williams e David Wallace:
Para ver outras coisas estranhas e incomuns, acesse a nossa coluna de bizarrices!
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