MadBizarrice: Os sons mais bizarros já registrados


Desde que o homem conseguiu criar dispositivos para registrar e captar sons, um leque de bizarrices se abriu nos 4 cantos do planeta. Aqui estou listando os sons mais bizarros já registrados.

Quacker – enquanto os soviéticos andavam pelo Ártico e pela Antártida com seus submarinos militares potentes, eis que um som se destacou no meio das profundezas do oceano. O barulho, que mais parecia um coachar de sapos, sempre surgia quando uma embarcação se aproximava, mas estranhamente se esquivava dos radares. Baseando-se na frequência e localização, acreditava-se que era algo bem grande que emitia o som. Na época hipóteses das mais diversas jorravam na mídia, mas talvez a mais plausível é de que provavelmente era um equipamento militar acoplado a alguma outra embarcação usada para detectar embarcações inimigas e até, quem sabe, assustá-las. O som surgiu durante o começo da Guerra Fria e sumiu em meados da década de 80. Há quem não acredite nessa hipótese porque quando os soviéticos começaram a  investigar constataram que o dispositivo conseguia fugir e atingir impressionantes 200km/h quando algo se aproximava, coisa que uma embarcação da época não conseguiria e também não se tinham equipamentos capazes de “andar” pelo mar a essa velocidade. Alguns chegam a dizer que podia ser uma tecnologia militar secreta ou até mesmo alienígenas. Por causa disso o quacker continua sendo um mistério.

Slow down – slow down, desacelerar, ir devagar ou como você quiser chamar, é um misterioso som que surgiu no Pacífico equatorial e foi detectado em 1997 pelo NOAA (Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos). A localização é a seguinte: 115 ° W S / 15 ° S 115 ° W / -15 ° 15; -115. O som ganhou esse nome porque desacelera a frequência a cada 7 minutos. O som foi registrado várias vezes naquele ano, mas ninguém sabe sua origem. Também foi gravado em outras partes do mundo mais tarde.


Uma das teorias que pode ajudar a explicá-lo é a que se baseia na semelhança entre o slow down e o som obtido por espectogramas de sons de atrito, portanto acredita-se que ele seja resultado do atrito do gelo com a terra, mas nunca ficou provado.

Bloop – detectado pelo NOAA também em 1997, a frequência ultrabaixa e poderosa foi registrada a 1,7 mil quilômetros a oeste do Chile também no Pacífico, com localização próxima a: 50°S 100°W. Por ser tão poderoso, ele podia ser ouvido a mais de 5mil Km de distância e provavelmente vinha de cerca de 4,3mil metros de profundidade. Durante 1 minuto inteiro a frequência aumenta e depois some novamente.


O que pode causar um som assim ainda é um mistério, mas ele se assemelha muito a de uma criatura viva. Baleias? O Kraken? O Godzilla? O Cthulhu? Ninguém tem ideia. Até onde se sabe, baleias azuis, as que cantam mais alto, não conseguem ter tanto poder nas cordas vocais e nem chegar a uma profundidade dessas. Equipamentos humanos também não conseguem atingir essa profundidade, portanto bombas e submarinos estão fora de questão. O som também é bem diferente de sons produzidos por vulcões e terremotos. A teoria mais aceita é a de que tenham sido sismos glaciais. Desde 1997 o bloop nunca mais foi ouvido.

A baleia solitária – baleias gostam de andar em grupos, mas parece que tem uma que não gosta muito dessa ideia. A equipe do Oceanógrafo de Woods Hole captou pela primeira vez em 1989 o som que foi atribuído a uma baleia, cuja espécie nunca foi identificada. Geralmente os cantos das baleias beiram entre 15 e 20Hz, mas o da amiga forever alone solitária chegava a impressionantes 52Hz. Embora ninguém tenha visto o animal ainda, todos os anos o canto dela é detectado entre agosto e dezembro no Oceano Pacífico e a trajetória também ficou registrada do norte, onde estão as Ilhas Aleutas e o Arquipélago de Kodiakos, até a costa da Califórnia mais ao sul.


O bizarro é que a trajetória dela não é igual a de nenhuma outra espécie. Alguns especialistas acreditam que seja um animal novo que a ciência ainda não descobriu ou, no pior dos casos, uma baleia com malformação.

Hum – ouvir zumbidos é comum, principalmente quando se toma algum medicamento ou se fica próximo a uma explosão, mas quando uma cidade inteira ouve ao mesmo tempo sem nenhum motivo aparente é porque tem algo errado, ainda mais quando o som é frequente e chega a incomodar bastante. Um zumbido de baixa frequência, geralmente inaudível para os ouvidos humanos, foi registrado em diversas partes do mundo. O caso mais conhecido é o de Taos (36°24'27.90"N, 105°34'23.73"W), no Novo México, mas há também registros na Europa e no Havaí. Mesmo que seja inaudível ao ser humano, algumas testemunhas afirmam que puderam sentir vibrações através do corpo, principalmente à noite quando parece que o som fica muito mais forte. Alguns o descrevem como o barulho de um motor diesel em baixa rotação bem distante. É bem difícil detectá-lo por microfones e equipamentos de medição. Sua fonte é completamente desconhecida. O "hum" do som abaixo só pode ser ouvido se você tiver fones de alta qualidade ou sub-woofers.


Algumas teorias sugerem que seja a transmissão de rádio, onde as ondas de frequência longas usadas para a comunicação com submarinos pudesse entrar em contato com o solo e causar algum efeito. Redes elétricas também se tornaram suspeitas, mas logo acabaram sendo descartadas porque senão o mundo todo ouviria o som, certo? A região onde se encontra Taos é bem conhecida por ter bases militares secretas e é claro que não ficou descartada a suspeita de ser uma arma secreta em testes. O governo americano nunca confirmou, mas estudos realizados na região para tentar descobrir o motivo de se ter tantos suicídios acabou revelando que haviam frequências estranhas sendo emitidas por uma base próxima e que tais frequências chegavam a deprimir certos tipos de pessoas, levando-as a se suicidarem. Depois disso a base parou de emitir as frequências, mas não quer dizer que elas seja responsável pelo “hum”, até porque ele foi confirmado em outros cantos do mundo. Por fim há a teoria de alienígenas, naves alienígenas e abduções que poderiam criar esse estranho ruído. Até hoje a natureza do ruído permanece um mistério.

WOW! – em 1977 um sinal estranho surgiu no “Big Ear” (orelhão, em tradução livre), um radiotelescópio que na época era comandado pelo Dr. Jerry R. Ehman que era chefe do projeto SETI (Search for Extra-Terrestrial Intelligence – procura por inteligência extraterrestre, em tradução livre), na Universidade de Ohio nos Estados Unidos. O som com duração de 72 segundos, com frequência de 1420.4556 MHz só foi ouvido uma única vez e acredita-se que tenha vindo de aproximadamente 2.5 graus sul da estrela de quinta magnitude Chi-1 Sagittarii, ou seja, da direção onde está a constelação de Sagitário. Como essa estrela está a pelo menos 220 anos-luz da Terra, então supõe-se que o sinal possa ter vindo de um evento astronômico realmente potente e que não houve interferência humana quando chegou na Terra.


Apesar dos esforços em obter novos sinais e respostas, os cientistas nunca mais conseguiram repetir o sinal ou recebê-lo mais uma vez. Um computador decodificou o som e chegou ao código “6EQUJ567”, que continua sendo a base de estudos para o SETI. De tão impressionado que o Dr. Ehman ficou com esse código, ele escreveu “WOW!” na mesma folha impressa pelo computador e a expressão acabou virando o nome do som.


Mistpouffers – as testemunhas dizem que parecem com o som de uma explosão sônica, como aquela que surge quando um caça quebra a barreira do som, outras dizem que parece ser um trovão distante, mas com um estrondo alto e acompanhado de luz, ainda há os que os comparem ao som de um canhão atirando. São raros, mas já foram ouvidos em várias partes do mundo como Índia, Bélgica, Estados Unidos, Itália, Japão, Brasil, etc. Acreditava-se que era algum fenômeno ligado à agua, já que em alguns casos ocorria próximo de lagos e rios, mas depois casos foram relatados em regiões onde não havia água. Podem ocorrer também sem uma nuvem sequer no céu. Em certos casos tem poder suficiente para chacoalhar portas e janelas.


As teorias sugerem desde impacto da queda de meteoritos a cavernas submarinas entrando em colapso, gás escapando do subsolo e abalos sísmicos. Em 1975 alguns estudos foram realizados na Califórnia e constatou-se que terremotos de 2,5 pontos causavam um som estranho depois de 0,02 segundos das ondas sísmicas terem chegado. Outros estudos também sugerem que você pode ouvir um terremoto mesmo sem senti-lo. Sons estranhos também surgem antes de tsunamis, como relataram várias testemunhas da tragédia na Ásia em 2004. Enfim, há uma gama de possibilidades que podem gerar tal som e sabemos que provavelmente é a própria natureza a responsável.

Sons dos planetas – qualquer pessoa com um mínimo de noção de física sabe que é impossível que o som se propague no vácuo. É por isso que ocorre uma explosão no Sol e você não ouve. (Já imaginou que inferno seria ouvir o Sol explodindo o tempo todo e estrelas cadentes passando pelo planeta?) E sim, os sons do filme Guerra nas Estrelas (Star Wars) são impossíveis e errados. Entretanto algumas frequências às vezes são captadas no espaço. É isso mesmo o que você leu, NO espaço e não DO espaço. As sondas espaciais vem captando uma gama quase infinita de frequências em suas viagens. Quando tais frequências são convertidas em áudio, uma estranha sinfonia surge e nos intriga.


De onde elas vem? Ninguém sabe, mas provavelmente dos planetas ao nosso redor. Como é possível? – você me pergunta. Acho que a pergunta ideal seria “é impossível?”. Bem, talvez a nossa definição de vácuo esteja errada. Quem é que sabe? Nenhuma verdade é absoluta neste universo, exceto a morte.

Rádio UBV–76 – esse talvez seja o mais famoso da lista e talvez a prova cabal de que na internet tem muita informação errada, por isso toda cautela é necessária. Nada mais é do que uma estação de rádio localizada em Povarovo na Rússia, que funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana e que para uma ou outra vez talvez para fazer manutenção. O sinal foi descoberto em 1982 e a localização foi descoberta em 1997, mas a rádio funciona até hoje. A frequência de 4.625 kHz com zumbidos que duram cerca de 0,8 segundos que se repetem 25 vezes por minuto com pausas de 1 a 1,3 segundos entre cada repetição antes de o ciclo começar novamente é a única transmissão que a rádio faz. Às vezes o sinal é interrompido e algumas mensagens em russo aparecem, como a de um homem que fala:

-Ya? UVB-76. 18008. BROMAL: Boris, Roman, Olga, Mikhail, Anna, Larisa.742, 799, 14.

Essa mensagem ocorreu 3 vezes, uma em 1997, outra em 2002 e a última em 2006. Acredita-se que tais mensagens podem ser enigmas militares enviados de uma estação espiã/estação militar ou códigos de um satélite meteorológico de alta frequência.


Meu pai trabalha com eletrônica há décadas e já fez de tudo nessa vida relacionado com mecânica e eletrônica, até calibrar antena de transmissão de sinal de TV e calibrar/consertar equipamentos de aviação por exemplo. Perguntei a ele o que poderia ser essa estação e ele me explicou que há rádios por todo o planeta que emitem sinais de testes. Estes sinais servem para calibrar diversos tipos de equipamentos. Quem tem TV por satélite por exemplo, provavelmente já viu algum canal de teste no seu receptor. Esse canal serve pra calibrar o sinal entre a antena e o receptor. Acontece o mesmo com o bipe chato e monótono que a UVB-76 envia constantemente, ele serve unicamente pra calibração. Ele ainda explicou que a mensagem enviada nada tem a ver com coisas espiãs ou militares e sim que é um código de calibração que provavelmente tiveram que transmitir pra alguém em algum canto do mundo (provavelmente na Europa mesmo), alguém que tentava calibrar algum satélite de comunicação ou equipamento. E quanto aos nomes: se você é meio lerdo e não percebeu, então entenda que para que não haja erro de interpretação as letras do código são ditas em forma de palavras, ou seja, "Boris, Roman, Olga, Mikhail, Anna, Larisa" são na verdade as letras B R O M A L, código que você pode reparar que ele fala antes dos nomes. Não há nada de estranho, é só um código de calibração.


Bom, sabendo disso, parece que a rádio russa perdeu a graça, não é mesmo? O caso é que a rádio “cigarra”, como muitos chamam, ainda é um grande mistério para muitas pessoas. Entretanto, como o meu pai disse, provavelmente é mais sensacionalismo da internet do que qualquer outra coisa. De qualquer forma decidi colocá-la aqui na lista e tentar acabar com essa besteira de conspiração russa sensacionalista de uma vez por todas.

A Nota Brown – ressonância é uma coisa chata de explicar, mas vou tentar: um corpo tem uma frequência. Se atingirmos a frequência certa, o corpo pode literalmente se desintegrar ou quebrar, ou seja, isso é ressonância. Foi o que aconteceu com a ponte de Tacoma que quebrou quando o vento conseguiu atingir a mesma frequência dos materiais que a compunham. Tesla também quase destruiu o mundo com um martelo mecânico (você pode conferir esse invento no nosso post sobre o Tesla). Não é exagero. A coisa é real e perigosa. A sorte é que é bem difícil você descobrir a frequência certa de cada coisa. Pois há uma teoria de que uma certa nota, a nota Brown, quando tocada pode entrar em ressonância com o corpo humano e fazer com que a pessoa perca o controle de suas entranhas, principalmente dos intestinos e daí o nome "brown" que é "marrom" em inglês. Acredita-se que dependendo de como for administrada, essa nota pode até mesmo induzir a um pseudo-coma temporário, onde apenas algumas atividades cerebrais não seriam afetadas. As más línguas dizem que durante a Guerra Fria essa nota foi bem estudada para ser usada como arma. Imagine um exército entrar em pseudo-coma? A guerra poderia ser vencida em um ou dois minutos! Os caçadores de mitos fizeram a experiência e o resultado você confere no vídeo abaixo. Entretanto devo avisar: a nota brown não pode ser reproduzida corretamente pelos fones e caixas de som comuns, exceto se tiver sub-woofers. Se você tiver esse equipamento, então não me responsabilizo por nenhuma “tragédia fecal” que possa te acontecer. Vai por sua conta e risco. Eu não senti nada. E você, vai encarar?


Fenômeno de Voz Eletrônica (FVE) – ou “Electronic Voice Phenomenon” (EVP) e “Phantom”. Quem assiste “Ghost Hunters”, “Estado Paranormal”, “T.A.P.S.” ou qualquer programa de caçadores de fantasmas sabe o que é o FVE. Basta você ter um gravador eletrônico, um bom ouvido, um pouco de sorte e pronto! Você pode captar algo que muitos chamam de paranormal. O FVE consiste em ruídos que parecem a voz humana. Na verdade não seria uma gravação intencional, como quando uma pessoa fala diante de um gravador, mas o que os caçadores de fantasmas explicam como: você não ouve, mas mesmo assim o dispositivo eletrônico consegue captar. Registrar um é fácil: vá até um lugar que você ache ser assombrado (ou a sua casa mesmo), ligue o gravador eletrônico e faça algumas perguntas dando uma pausa entre cada uma delas para alguma possível resposta (tem alguém aqui? Qual é o seu nome? Quantos anos você tem? Como você morreu? – é idiota, eu sei, mas é assim que é feito). Quando terminar de perguntar, desligue o aparelho e reproduza tentando encontrar algum som estranho. Se tiver habilidade, pode aplicar filtros de no áudio pelo computador e tentar isolar apenas os ruídos de fundo. Essa técnica permite que você possa ouvir alguma "voz do além" com mais clareza. Há quem ache que é besteira, que os ruídos não parecem voz humana e que na verdade é só uma ideia induzida na cabeça das pessoas, uma verdadeira pareidolia auditiva (você acha que ouviu uma palavra ou frase, mas não ouviu). Entretanto tem quem leve a sério e que entenda que o FVE é uma espécie de registro do além.


Lembro de ter visto um episódio bem interessante do T.A.P.S. em que eles vão a um castelo alemão chamado Frankstein (sim, inspirou a história) e lá captam alguém falando em alemão arcaico, ou seja, o alemão falado na Idade Média (infelizmente o episódio foi tirado da internet por causa dos direitos autorais). Apesar de eu não acreditar no FVE, acho interessante observar que muitos desses programas são feitos por charlatões pelo simples fato de que os fantasmas da Alemanha falam em inglês com os investigações americanos. Ou então a galera do além pode até falar em alemão, como o caso do Frankstein, mas aparentemente também entendem todas as perguntas em inglês dos americanos. Fantasmas poliglotas são outra categoria, né?hahaha Enfim, eu ainda acho que não passa de um tipo de necromancia. (Não sabe o que é necromancia? Nós temos um artigo sobre isso no blog, veja aqui!)

E você, leitor (a), já ouviu algum som estranho? Conte pra gente!


Para ver outras coisas estranhas e incomuns, acesse a nossa coluna de bizarrices!

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