MadBizarrice - Especial de Dia das Bruxas: MÚSICAS INVERTIDAS


Talvez uma das lendas mais clássicas e que ainda assusta muita gente por aí. Na década de 80 já haviam boatos sobre músicas do Led Zeppelin, cuja letra tinha uma espécie de oração satânica que podia ser ouvida somente quando a música “Starway to Heaven” era tocada ao contrário. Outras bandas como Black Sabath e artistas como Alice Cooper foram alvos também das mesmas acusações.

A versão mais famosa no Brasil se deu com ninguém mais, ninguém menos do que a Xuxa. Segundo alguns, bastava colocar o lado B da canção Doce Mel ao contrário para ouvir “sangue, sangue, sangue” ao invés de “doce, doce, doce”. Ainda hoje é possível encontrar diversas versões de suas músicas no Youtube com legendas.

Logo a febre se espalhou e atingiu outros artistas brasileiros como Roberto Carlos, Raul Seixas, Capital Inicial, Claudinho e Bochecha, etc.

E por que alguém faria isso?

Como parte do pacto pela fama e fortuna, acredita-se que alguns artistas introduzem mensagens subliminares e satânicas em suas músicas. Tudo pra te levar pro lado negro da força, se é que você me entende. Claro que isso foi um prato cheio pra cristãos fanáticos encherem o mundo com suas baboseiras de que o chifrudinho estaria por trás daquela música que você tanto gosta e que é tão viciante.

As consequências

Ouvir essas músicas repetidas vezes pode levar uma pessoa a cometer suicídio, a matar outras pessoas ou a simplesmente seguir o capeta. Bem, pelo menos é isso que as lendas contam. Várias vezes na história alguns suicídios coletivos, surtos de histeria coletiva e ataques de atiradores em escolas foram atribuídos ao conteúdo subliminar satânico das músicas, principalmente as de Heavy Metal.


O nome da técnica

Reverter músicas, ou seja, tocar de trás pra frente é uma técnica que se chama “backmasking” (ou “mascaramento reverso” em tradução livre). A prática não é nova e surgiu nos anos 50, mas se popularizou mesmo nos anos 80, quando todo mundo tinha uma fita e podia reverter o áudio. Atualmente programas de edição de áudio fazem o trabalho com extrema facilidade e em um piscar de olhos, ao contrário dos anos 80 e 90 onde o pessoal tinha um trabalhão pra cortar as fitas e coloca-las na ordem reversa.

Mas backmasking também pode ser usado de outras formas além da procura por mensagens subliminares em músicas. Alguns músicos acham graça na prática e utilizam estrofes invertidas no meio da composição. Posso citar aqui a música “Hidden Place” da Bjork (link) que usa uma parte invertida na melodia. A técnica também é usada para censurar palavrões ou frases que não estejam de acordo com o código de ética das rádios e emissoras de TV.

Como tem várias músicas invertidas por aí, resolvi fazer uma pequena listinha pro post não ficar pesado:
Meu cãozinho Xuxo - Xuxa
Soco, soco, bate, bate - Xuxa
Ilariê - Xuxa
Doce mel - Xuxa 
Starway to Heaven - Led Zeppelin
Jesus Cristo - Roberto Carlos
Não se reprima - Menudos

Eu ainda acredito que tudo não passe de uma pareidolia auditiva, ou seja, as pessoas ouvem o que querem ouvir, mas não significa que um som realmente tenha aquele significado que outra pessoa ou você interpretou. É o mesmo fenômeno que se aplica às gravações de FVE (fenômeno de voz eletrônica) com fantasmas, onde qualquer barulho é interpretado como uma voz fantasmagórica ou uma resposta de um espírito quando na verdade era só o vento, alguma falha do equipamento de gravação ou qualquer outra coisa que não tenha nada a ver com espíritos.


Este post faz parte do especial de dia das bruxas de 2015 - LENDAS URBANAS. Para ver outros posts deste especial clique aqui.

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