MadBizarrice - Especial de Dia das Bruxas: COMIDAS MALDITAS

outubro 24, 2015 bizarre , bizarrice , bizarro , dia das bruxas , Especial 2015 , halloween , happy halloween , lendas urbanas , madbizarrice , urban legends 0 Comentário(s)

Quem nunca ouviu a lenda urbana das maçãs entregue às crianças durante o dia das bruxas nos Estados Unidos que tinham lâminas dentro? Bastava a criança dar uma mordida e levava um tremendo de um corte na boca, quiçá pegava uma infecção ou tétano. Bem, nós também temos versões brasileiras tão assustadoras quanto essa lenda americana. Confiram:

Mc Minhoca – essa é a clássica das clássicas! A rede de fast food Mc Donald’s é conhecida no mundo todo e seus lanches chegam a ser viciantes para algumas pessoas. O caso é que nos anos 70 rolou um boato de que os hambúrgueres eram feitos com minhocas trituradas. E por que o Mc faria isso? – você me pergunta. Bem, na época eles estavam tentando deixar a comida mais nutritiva nos Estados Unidos. É cientificamente comprovado que minhocas são muito mais nutritivas do que bois e, bem, a coisa toda ta triturada e frita, por que não poderia ser facilmente confundida com carne de boi? Pra piorar a situação, há boatos de que um caminhão com a marca do Mc tombou e dentro tinham caixas e mais caixas cheias de minhocas. O caso repercutiu por todo o mundo, inclusive no Brasil.


Vamos fazer algumas contas?

Leia este trecho que retirei do blog "Alimentando a Discussão":

Como toda grande empresa, o Mc Donald’s tem apenas um objetivo: lucrar. Para vocês entenderem: atualmente, uma das Mc Ofertas (combo com refrigerante e fritas) mais caras – o Mc Angus Bacon – custa em torno de R$21,00. Ele contém 2 hambúrguers de 100g cada. Em comparação, eu pesquisei na internet (vide fontes no fim do post) o produto farinha de minhoca: trata-se da carne do invertebrado separada, higienizada, moída e desidratada – você pode adquirí-lo pela bagatela de R$50,00 um potinho de 250g. Ou seja, se fôssemos fazer 200g de hambúrguer de minhoca, só a carne já custaria R$40,00! Isso sem contar o resto do sanduíche (pão, legumes, queijo, bacon, molho), a bebida e a batata. Fica fácil de perceber como é inviável economicamente vender hambúrgueres de minhoca numa rede de fast-food. Por outro lado, um quilo de carne bovina de segunda, moída, custa menos de R$15,00 e dá para fazer 5 lanches com 200g de hambúrguer cada.

Ok, os valores podem estar desatualizados porque o texto é de 2013, mas ainda assim há uma discrepância de gastos vs lucro enorme com os valores atuais!

Os laboratórios secretos do Ronald Mc Donald


Teve ainda quem defendesse a ideia de que bois geneticamente modificados, sem pelos, desossados e sem patas eram mantidos por tubos em laboratórios secretos. Além dos altos custos de manutenção de um laboratório desses, por que eles perderiam tempo criando uma coisa grotesca dessas? Aliás, eles nem sequer criam gado. Eles compram de outros criadores uma carne de 2ª que ajuda a baratear todo o processo e trazer um preço “amigável” ao consumidor final. A carne obviamente é segura para o consumo e obedece toda uma burocracia dos governos de cada país, principalmente a rígida legislação brasileira.

As consequências

Quase que imediatamente os cofres do Mc sentiram o peso de uma história mal contada. As vendas caíram 30% na época e houve uma redução do lucro. No final das contas eles conseguiram reverter a situação e o Mc Donald’s já voltou a ser o nº1 de fast food do mundo.


Pipoca narcótica – nos anos 80 surgiu um boato de que pipoqueiros estava usando cocaína para “temperar” a pipoca e vende-las às crianças. Na época, assim como nos anos 90, os pipoqueiros sempre apareciam em parques e escolas e eram uma febre entre a garotada.


Por que fazer isso?

A cocaína, que tem uma aparência muito semelhante à do sal, é uma droga viciante. O objetivo era viciar as crianças a ponto delas comprarem pipocas várias vezes e sempre com o mesmo pipoqueiro para sustentar o seu vício. Além do mais, teoricamente os traficantes sairiam ganhando com isso também.

Cocaína

Lucro ou prejuízo?

Se por um lado os traficantes sairiam ganhando, os pipoqueiros sairiam perdendo mesmo que 50 crianças comprassem pipoca de meia em meia hora. A cocaína é uma das drogas mais caras do mercado, então a menos que o pipoqueiro aumentasse o valor das pipocas pra uns 50 reais, ele sairia no prejuízo com toda a certeza. Infelizmente essa lógica passou longe da cabeça de muita gente que proibiu as crianças de comer pipoca, o que acabou afetando as vendas dos pobres pipoqueiros.


Balas estimulantes – não só os pipoqueiros se deram mal, mas também os vendedores de balas que sempre apareciam nas portas das escolas e parques. O boato é muito semelhante: supostamente esse pessoal colocava cocaína nas balas e vendia às crianças.

Lenda x realidade

Bem, a lenda acabou virando uma situação real quando encontraram uma pequena quantidade de cocaína injetada em balas Van Melle nos anos 90 no Rio de Janeiro. Pra piorar tudo, as balas tinham um buraco que tinha sido feito com uma agulha. Depois as balas apareceram em Minas Gerais também. Na época, depois de uma investigação mais completa, a polícia suspeitou de que a fábrica, que estava passando por uma crise, resolveu apelar pra chantagem industrial ou, no pior dos casos, que uma empresa concorrente tenha tentado sacanear a fábrica. A verdade é que ninguém sabe quem fez a brincadeira de mal gosto, mas a Van Melle pagou muito caro por isso e o prejuízo foi certo.

Em 2009 outro caso veio à tona em São Paulo: de novo balas apareceram recheadas com cocaína. Cerca de 17 crianças e adolescentes foram parar no hospital porque estavam passando muito mal. As balas eram estrangeiras e tinham sido dadas de presente a uma garota que levou pra escola e distribuiu para os colegas. Ninguém sabe da procedência das balas e nem como elas entraram no país. O caso ainda está sendo julgado e investigado.

A embalagem da dita cuja.

Coca-cola temperada – o refrigerante de cor escura sempre atraiu boatos que se transformaram em lendas urbanas rapidinho. Um destes envolve um funcionário que teve um infarto e caiu em um tanque da bebida na fábrica. Seu corpo ficou ali por 2 dias e um lote inteiro foi engarrafado com o líquido contaminado. Na época o boato foi quase desastroso para a marca que viu suas vendas caírem drasticamente.

Depois disso, outros boatos surgiram e pessoas contaram que encontraram ratos (ou pedaços de ratos como o rabo e pata), vermes, casca de fruta, sapo, preservativo, Viagra e até um sachê de catchup.

Imagem meramente ilustrativa rs

A farsa

Wilson Batista de Resende

Há uns tempos atrás, Wilson Batista de Resende foi à TV denunciar o seu tormento: ele tinha bebido parte do refrigerante e só depois percebeu que tinha um rato morto lá dentro. Acabou tendo problemas sérios de saúde, chegando a ficar paralítico. Disse ainda que outras garrafas do lote também estavam contaminadas. Apesar de meter um belo de um processo na fabricante, a justiça de São Paulo entendeu tudo como uma fraude muito bem orquestrada. Afinal, quem garante que o cara não tenha botado o rato lá dentro e depois colocado uma tampa com lacre intacto? Aliás, colocar tampa com lacre é bem fácil, só pra constar. Os peritos do Instituto de Criminalística e do IPT (Instituto de Pesquisas Tecnológicas) não detectaram nenhuma anomalia nas fábricas e também disseram que era impossível algum animal entrar nos tanques. Segundo relatórios psiquiátricos, o relojoeiro é portador de transtornos de personalidade, o que explicaria a sua estranha obsessão pelo fim da Coca-Cola. Já a saúde pode ter sido afetada por outros motivos.


Mistura explosiva – ainda falando da Coca-Cola, que tal misturá-la com Mentos? É, você já deve estar careca de saber que não é uma boa ideia e também que dá um efeito muito legal (principalmente quando não é você que tem que limpar a bagunça depois da experiência). O caso é que essa lenda urbana conta que uma coisa é misturar os dois no seu quintal e outra é misturar os dois no seu estômago. O efeito poderia ser devastador, explodindo o seu estômago na hora!

"Não quero mais viver."

A verdade

Não, amigos, não explode nenhum estômago, mas pode te dar uma bela indigestão e gases dependendo da quantidade que você ingerir dos dois. O grupo “La Fenix” do Rio de Janeiro, especializado em se bater/cair/causar muita dor/etc fez o experimento. O resultado você confere clicando aqui.


As balas matadoras de criancinhas – nos anos 80 surgiu uma balinha redonda que foi sucesso absoluto! As famosas balas Soft eram a alegria da garotada por existirem em vários sabores e cores. Entretanto, logo vieram as histórias mais estranhas que você possa imaginar de um doce tão inocente.


A mais famosa certamente era de que as crianças, depois de um tempo chupando as balas duras, elas ficavam muito escorregadias, as crianças acabavam engolindo-as e estas paravam bem no meio de suas gargantas, sufocando-as até a morte.

E por que alguém faria uma bala que mata crianças?

Algumas pessoas diziam que a Soft era uma fábrica dos nazistas e que tinha desenvolvido o produto para exterminar uma parte da população latina, afinal qual o melhor jeito de coibir o crescimento de uma população? Exatamente, matando as crianças. Pode-se dizer que era quase uma “limpeza étnica”. Outros diziam que a morte em massa das crianças era uma excelente oportunidade para que os traficantes do mercado negro pudessem conseguir órgãos com rapidez para sustentar o mercado cada vez mais crescente. Alguns amantes da “pedagogia do mal” espalhavam que a bala era “anti-criança gulosa” nas escolas. A teoria vencedora certamente foi a de que um grupo conspiratório da “nova era” criou a bala para matar crianças afim de trazer a besta do apocalipse ao mundo! (risada maléfica de fundo e raios caindo por todos os lados) Soft = uma sigla pra “Super Objeto Fechador de Traquéia” haha Brincadeira, não era uma sigla, apenas uma marca comercial.

A verdade

Sim, algumas crianças engasgaram com a bala, mas não chegaram a morrer. E sim, engasgos são assustadores, você entra em pânico facilmente e as pessoas ao seu redor chegam a estremecer de ver uma cena dessas, mas vocês engasgam até com farelo de pão e estão reclamando de uma balinha?hahaha Isso, claro, não impediu que as histórias sobre sufocamentos de criancinhas inocentes se espalhassem pelo país. O caso é que a fama foi destruidora para a marca Soft que recolheu rapidinho todas as balas das prateleiras e mudou o formato para algo mais retangular que teoricamente deslizaria com mais facilidade pela garganta caso fosse engolida. Porém o estrago já estava feito e as vendas caíram a ponto de a bala não ser mais produzida.


Embora eu tenha vasculhado a internet, não encontrei 1 site confiável sequer noticiando a morte por engasgamento de balas soft na época. O que mais tem são relatos de gente que se engasgou quando era criança e sobreviveu pra contar. O engraçado é que acho que aquelas bolinhas de chocolate hidrogenado são tão perigosas quanto as balas soft. Além dos guarda-chuvinhas de chocolate hidrogenado que também tem aquele cabo que pode facilmente cegar alguém e não vamos esquecer dos pirulitos de bolinha que às vezes desencaixam do palito e podem muito bem descer pela sua garganta e te sufocar. Eles são muito maiores do que as balas soft e nunca saíram de circulação, portanto o caso das bala soft é pura lenda urbana, meus caros

A doce tríplice do mal.

Agora sintam-se culpados porque nunca mais irão provar a deliciosa balinha soft.


Azul, a cor do mal - Eu mesma já ouvi muita gente falar que tudo que é azul e comestível é um perigo mortal. Gelatinas, balas, pirulitos e sucos supostamente são cancerígenos. Até a Fanta Uva que não é azul, mas tem uma espuma que parece ser azul, também ganhou a má fama.


Talvez sejam mesmo, mas só se você comer uns 2 caldeirões dessas porcarias. Um pirulito hoje e outro semana que vem ou uns dois copos de refrigerante de uva certamente não vão te matar nem em mil anos.

Pirulito maldito

A fama atinge principalmente os pirulitos azuis, comuns entre a garotada por pintarem a língua de azul. Teoricamente são feitos de substâncias que causam câncer. Claro que isso não tem nada a ver e o corante é seguro para se comer. É até divertido ficar com a língua azul, vamos confessar.


A ave misteriosa – Chester. Sim, você sabe do que eu estou falando. Chesters são aves mitológicas, fantásticas e mágicas que rodeiam o nosso imaginário, não é mesmo? Como uma ave pode ter um peitoral daqueles? Como uma ave daquele porte pode existir? Quem? Como? Por que? Onde? Me passem o número desse cirurgião plástico agora pra eu também ter um baita peito daqueles. A única coisa que sabemos é que ele faz a ceia de Natal ou de Páscoa de muita gente mais feliz e saborosa!

As lendas

Desde que o Chester chegou às mesas do Brasil na década de 70, as lendas urbanas não param de se espalhar, afinal é bem raro ver fotos deles por aí. Alguns dizem que são frangos criados em laboratórios, alimentados por tubos conectados diretamente ao pescoço porque eles não tem cabeça. Outros afirmam que eles recebem injeções de anabolizantes no peito pra desenvolver bastante músculo ali, mas isso seria perigoso porque causaria câncer em quem comesse.


Há ainda os que dizem que o bicho é tão feio que qualquer um perderia a vontade de comê-lo depois de vê-lo. Isso tudo ainda inclui fatos do bicho ter órgãos desproporcionais como olhos super grandes, penas estranhas e principalmente por não conseguir andar direito graças ao seu super peito.

Os laboratórios secretos de aves monstro

Primeiramente que o "Chester" nada mais é do que a marca da Perdigão, então o da Sadia seria o “Fiesta”. Entretanto, num país onde todo mundo chama a fita adesiva de "Durex" e a sanduicheira manual de "Tostex", o termo "Chester" é dado a todo e qualquer frango assado com super peito que aparece numa ceia de Natal ou Ano Novo. Foi mal Sadia, mas esse "Fiesta" não colou.

O Chester é uma ave de verdade e não, ela não é criada flutuando em um líquido viscoso em tubos transparentes e alimentada de forma artificial. É uma ave como qualquer outra, exceto que é melhorada geneticamente, ou seja, eles modificaram o DNA dela para que desenvolvesse menos gordura e se tornasse menos calórica. Essa modificação também permite que ela desenvolva mais carne nas coxas e peito, resultando em 70% da carne “alojada” exatamente nas partes preferidas da galera (vai me dizer que você gosta das costas do frango assado?). Não se preocupe, a carne é tão nutritiva quanto a de um frango comum. A matemática do Chester é simples: menos calorias, mais proteínas. O mistério todo não é nem pelo fato de ninguém nunca ter visto esses bichos, mas sim que a Perdigão esconde a fórmula secreta do DNA tão bem quanto a Coca-Cola esconde a fórmula do refrigerante. É por isso que ela não vende os ovos e nem expõe as aves para evitar furtos. Aliás, só pra constar, essa modificação ocorreu de forma “natural”, ou seja, através de 11 cruzamentos entre aves escocesas e não com drogas, antibióticos ou anabolizantes.


A Perdigão afirma que as aves são alimentadas com milho e soja, o que reduz muito a quantidade de gorduras. Ela também afirma que a alteração genética não é maléfica à nossa saúde, portanto a carne do Chester é totalmente segura. Atualmente é exportada para mais de 30 países.

E então, preparado (a) pra ver como é um Chester? A Perdigão liberou algumas fotos:




Outras lendas – comer manga com leite mata, beber café depois de refrigerante não é uma boa ideia, comer feijão depois de comer jaca também não é uma boa ideia e tantas outras baboseiras que espalham por aí e não tem nenhum sentido. Há ainda quem acredite em uma história que correu pelo Rio de Janeiro de que traficantes estavam colocando cocaína nos saquinhos de Dip n’Lik (aquele pirulito que você molha no pozinho) pra viciar as crianças e até que ele era cancerígeno.


Tudo lenda urbana, minha gente!


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