MadCurioso: 40 casos bizarros de histeria coletiva - parte 3
.E vamos à terceira parte da nossa lista de casos de histeria coletiva:
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Caça às bruxas a la sueca – a Suécia é um país legal, mas tem alguns episódios negros em sua história e um deles foi uma caça às bruxas de 1664 (conhecido por lá como Häxprocesser), talvez um dos piores massacres da humanidade envolvendo bruxas, assim como aconteceu em Salém. Uma lenda dizia que quando as crianças dormiam, as bruxas escorregavam para dentro de seus quartos pelo buraco da fechadura ou atravessavam a porta e rastejavam até a cama. As crianças eram levadas para o telhado e colocadas na barriga de um animal de fazenda que estava de cabeça para baixo. Então as bruxas voavam em suas vassouras para a Blåkulla (colina azul) e depois voltaram para pegar mais crianças. Entretanto a Blåkulla era uma pradaria lendária onde o diabo vinha pra Terra durante o sábado em que as bruxas agiam (acontecia anualmente) e ficava numa ilha no mar Báltico. Havia um buraco no chão por onde as chamas do inferno saíam. O diabo então perguntava à criança se ela serviria a ele e apenas era aceita uma resposta: sim. Ele então cortava o dedo da criança e chupava um pouco do seu sangue para firmar o pacto. Dava-lhe também presentes como facas para matar seus pais e livros amaldiçoados. A bruxa levava a criança de volta para casa antes que amanhecesse. Ok, até aí é uma lenda como qualquer outra, apesar de absurdamente bizarra. O problema é que essa história foi baseada num acontecimento real, onde mais de 500 crianças disseram que foram levadas por satanistas até a Blåkulla para fazer um pacto com o diabo. O resultado? Além do pânico por todo o reino, as pessoas acusadas de bruxaria acabaram degoladas e queimadas. Foram 8 anos de caça e estima-se que pelo menos 300 pessoas tenham sido torturadas e executadas. O evento ficou conhecido também como “Det stora oväsendet”.
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Ilustração de 1670 sobre o caso. |
Caça às bruxas a la sueca – a Suécia é um país legal, mas tem alguns episódios negros em sua história e um deles foi uma caça às bruxas de 1664 (conhecido por lá como Häxprocesser), talvez um dos piores massacres da humanidade envolvendo bruxas, assim como aconteceu em Salém. Uma lenda dizia que quando as crianças dormiam, as bruxas escorregavam para dentro de seus quartos pelo buraco da fechadura ou atravessavam a porta e rastejavam até a cama. As crianças eram levadas para o telhado e colocadas na barriga de um animal de fazenda que estava de cabeça para baixo. Então as bruxas voavam em suas vassouras para a Blåkulla (colina azul) e depois voltaram para pegar mais crianças. Entretanto a Blåkulla era uma pradaria lendária onde o diabo vinha pra Terra durante o sábado em que as bruxas agiam (acontecia anualmente) e ficava numa ilha no mar Báltico. Havia um buraco no chão por onde as chamas do inferno saíam. O diabo então perguntava à criança se ela serviria a ele e apenas era aceita uma resposta: sim. Ele então cortava o dedo da criança e chupava um pouco do seu sangue para firmar o pacto. Dava-lhe também presentes como facas para matar seus pais e livros amaldiçoados. A bruxa levava a criança de volta para casa antes que amanhecesse. Ok, até aí é uma lenda como qualquer outra, apesar de absurdamente bizarra. O problema é que essa história foi baseada num acontecimento real, onde mais de 500 crianças disseram que foram levadas por satanistas até a Blåkulla para fazer um pacto com o diabo. O resultado? Além do pânico por todo o reino, as pessoas acusadas de bruxaria acabaram degoladas e queimadas. Foram 8 anos de caça e estima-se que pelo menos 300 pessoas tenham sido torturadas e executadas. O evento ficou conhecido também como “Det stora oväsendet”.
Deuses
gulosos – em 1995 um homem ofereceu uma colher de leite ao Lord Ganesha
no templo no sul de Nova Delhi, Índia. O líquido de repente sumiu na
bacia onde fora depositado, como se algo o sugasse. Logo a história se
espalhou e no dia seguinte outras estátuas do panteão continham leite
também. A coisa toda durou mais alguns dias e atraiu milhares de fiéis
hindus aos templos de todo o país, numa das maiores histerias em massa
da Índia. O caso ficou conhecido como “o milagre do leite”.
Visitinha
do além – uma escola na cidade de Itatira, no Ceará, entrou em histeria
coletiva em 2010. Tudo porque uma série de eventos bizarros aconteceu:
os alunos entravam em transe de repente, se debatiam e desmaiavam.
Algumas meninas gritavam histéricas e ficavam agressivas do nada. Outros
alunos relataram terem visto um espírito de um antigo aluno que tinha
morrido há 7 anos atrás rondando pela escola. Cerca de 25 alunos foram
hospitalizados. Nem o padre da região e os psicólogos conseguiram explicar o que
estava acontecendo ali. As aulas tiveram que ser suspensas e só então a
histeria terminou.
O
inseto fanfarrão – em 1962, uma fábrica inteira de tecidos nos Estados
Unidos entrou em histeria. Aparentemente havia um inseto no local cuja
picada transmitia um vírus resistente e perigoso. Os operários relatavam
sentirem náuseas, tonturas, sonolência e tinham vômitos constantes.
Cerca de 62 funcionários acabaram sendo hospitalizados, o que estampou
até as manchetes da época por um tempo. Os médicos da empresa e os
especialistas do Serviço de Saúde Pública e do Centro de Doenças
Transmissíveis concluíram que de fato alguns operários tinham sido
picados por um inseto, mas não era motivo para preocupações. O restante
que não foi picado tinha sido afetado pela ansiedade e tensão causadas
pelos boatos e desenvolvido os sintomas imaginários.
Morrendo
de rir – quem já viu Monty Python certamente conhece a famosa esquete
da “piada mais engraçada do mundo”, onde qualquer um que a ouça ou leia
morre instantaneamente. Aconteceu algo parecido na Tanzânia. Alguém
contou uma piada num colégio interno para meninas em 1962 e todos riram.
Literalmente todos! A risada saiu do colégio e foi parar na cidade,
depois começou a atingir colégios internos das cidades ao redor e a
coisa toda durou 18 meses! O riso incontrolável causou dores, desmaios,
falta de ar, choro e até erupções cutâneas. Acredita-se que mais de 1000
pessoas tenham sido afetadas. O único jeito de parar foi fechando
temporariamente as escolas.
Dança da morte – um dos casos mais intrigantes aconteceu em 1518, em
Estrasburgo, na França. Uma mulher chamada Fao Troffea começou a dançar
na rua sem motivo e sem música tocando. A dança era animada, apesar de
ela não apresentar expressões de alegria. Segundo alguns relatos, a velha
senhora demonstrava desespero e angústia depois de um tempo dançando e
parecia não ter controle do seu corpo, como se estivesse possuída por
alguma energia sobrenatural. Vez ou outra caía exausta, chorando, mas
horas depois retomava a dança. Seus sapatos estavam encharcados de
sangue. Assustados, os moradores locais a levaram para uma igreja para
tentar ajudá-la a se livrar de algum demônio ou doença, mas nem mesmo
horas e horas de reza do padre ajudaram. Ela tinha convulsões e acabou
com ossos quebrados e músculos tensionados. Cerca de 6 dias depois ela
parou e finalmente morreu de exaustão. Uma semana depois, 34 pessoas
estavam dançando sem parar também. Em menos de um mês, cerca de 400
pessoas dançavam nas ruas. Ninguém nunca soube explicar o que aconteceu
ali, mas na época diziam que era a síndrome do “sangue quente”. As
autoridades, sem saber o que fazer direito e temendo o pior, encorajavam
as pessoas a continuar dançando até que voltassem ao normal, inclusive contrataram bandas e alocaram as pessoas em salões. Infelizmente nada
disso funcionou, quiçá foi até pior tomar essas medidas. A maioria
acabou morrendo de exaustão, ataques cardíacos e derrames. Assustadas,
as pessoas se trancavam em suas casas por dias. Algumas preferiram se
trancar nas igrejas e rezar para que não fossem acometidas do mal da
dança. Até hoje os especialistas não sabem sequer dizer se elas estavam
dançando voluntariamente ou se estavam acometidas de alguma doença
mesmo. Na verdade, esse fenômeno foi muito comum na Europa entre os
séculos XIII e XVII. Vários países tiveram seus episódios de histeria da
dança, incluindo a cidade de Aachen, na Alemanha em 1374, cujo desfecho
foi igualmente trágico: as pessoas morreram de exaustão de tanto
dançarem. A praga acabou ficando conhecida como “dança de St. John”ou
“dança de St. Vitus”.
A
Senhora Tóxica – em 1994, Glória Ramirez foi levada às pressas para o
Hospital Geral de Riverside. A pobre mulher sofria de câncer cervical e
estava com dificuldades respiratórias. Ela não reagiu bem ao tratamento
com remédios, então tiveram que usar os desfibrilador para reanima-la.
Os membros da equipe médica relataram terem visto um brilho oleoso no
corpo da mulher depois do uso do equipamento e odor de alho que saía de
sua boca. A enfermeira Susan Kane também percebeu que um forte cheiro de
amônia saía do braço da paciente enquanto tirava seu sangue, o que a
fez desmaiar. A médica Julie Gorchynski notou que haviam partículas
estranhas na amostra de sangue e relatou que um tempo depois começou a
sentir náuseas e tontura e por fim desmaiou também. Maureen Welch, um
especialista em sistema respiratório, também passou mal. Agora a equipe
estava apavorada, pois sabia que tinha algo de errado ali. O hospital
evacuou todos os pacientes da emergência e uma outra equipe permaneceu
dentro do hospital para tentar reanimar Glória, mas ela não resistiu.
Ana Maria Osório e Kersten Waller foram designados para examinar o
local. Entrevistaram 34 funcionários e observaram que todos os exames de
sangue da equipe não deram alterações. O corpo de Glória não tinha nada
incomum, o que fez o departamento de saúde concluir que tudo não passou
de histeria coletiva.
Epidemia
de contorções – a Louisiana, nos Estados Unidos, é famosa por ter
diversos desfiles e festivais de dança. A coisa toda começa desde cedo,
com crianças aprendendo a dançar nas escolas e só para quando a pessoa morre ou se aposenta da dança. Em 1939, uma escola teve
um episódio de histeria em massa bastante curioso. Uma aluna chamada
Helen teve espasmos em uma perna que durou semanas. Depois de um tempo,
suas colegas também começaram a ter os mesmos espasmos. Assustados, os
pais deixaram de levar as crianças para a escola temporariamente,
temendo que fosse alguma doença contagiosa. Depois de estudar o caso,
alguns especialistas concluíram que tudo foi culpa do subconsciente de
Helen. Ela detestava dançar e quando o fazia, falhava impiedosamente.
Para se safar, seu subconsciente arranjou uma contorção na perna sem
motivo algum.
O
gás terrorista – uma funcionária do aeroporto em Melbourne, na
Austrália, desmaiou na escada rolante. Sem qualquer motivo, outras duas
mulheres também desmaiaram no local. Os funcionários entraram em pânico,
pois aquilo só podia significar uma coisa. O sistema de ar condicionado
foi imediatamente desligado, já que acreditava-se que um gás venenoso
poderia se espalhar pelo aeroporto. Cerca de 50 pessoas foram
hospitalizadas com sintomas semelhantes aos da funcionária que tinha
desmaiado. Apesar dessa história estranha, a polícia nunca encontrou
nenhum indício de substância tóxica no local. Provavelmente ela e as
outras duas mulheres tiveram um mal súbito, uma coincidência estranha,
mas aparentemente nada fora do normal.
O vestido do caos – Geisy Arruda foi às aulas da UNIBAN (Universidade
Bandeirante de São Paulo) com um vestido curto. Lá dentro foi perseguida
por cerca de 200 alunos que a xingavam e tiravam fotos dela. Um
professor tentou escondê-la em uma sala, mas a multidão lá fora só
aumentava ao ponto de 700 alunos se reunirem para persegui-la. O furor
do momento fez com que alguns quebrassem seu carro para impedi-la de sair e a polícia teve que
escolta-la até em casa. O caso ganhou repercussão internacional e foi
classificado como histeria coletiva sexista. Geisy processou a
universidade, que a expulsou num primeiro momento por desobedecer o
código de conduta (roupas inapropriadas são proibidas nesses lugares,
pra quem não sabe) e depois voltou atrás. Hoje é uma celebridade e
empresária, já posou para algumas revistas masculinas, participou de um
reality show e aparece vez ou outra na TV. E sim, ela terminou o curso
em outra universidade.
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VEJA MAIS:
Piada mais engraçada do mundo - Monty Python: link
Parte 1
Parte 2
Parte 4
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