MadBizarrice: Especial de Dia das Bruxas - Assassino do Zodíaco: o maior enigma de todos


ATENÇÃO: o texto a seguir tem imagens e conteúdo que podem ser fortes a leitores sensíveis. Recomendamos cautela.
 
Ninguém sabe quem ele é. Poucos o viram. Talvez já esteja morto, talvez não. Os que escaparam das crueldades e sobreviveram para contar nos relatam histórias que nem podemos imaginar. Os cadáveres revelaram o horror absoluto. Hoje podemos fazer uma linha do tempo e analisar seus crimes mais de perto e assim saber seu modus operandi. Suas cartas enigmáticas, porém, permanecem um mistério.
Cheri Jo
Sua provável primeira vítima foi Cheri Jo, uma estudante de Riverside, Califórnia, nos Estados Unidos. Em 30 de outubro de 1966, Cheri saiu da biblioteca à noite depois de passar o dia estudando. O estacionamento vazio e o tempo frio já criavam uma aura estranha naquele momento. O carro não pegava, embora tivesse tentado várias vezes. Ela sequer suspeitava de que ele tinha sido sabotado. Como voltar para casa? A salvação veio quando um homem parou seu carro ali próximo. Ele lhe ofereceu ajuda e ela aceitou. Cheri passou cerca de 1 hora na companhia do estranho. Ninguém tem ideia do que fizeram esse tempo todo, mas sabemos o que aconteceu no final: 3 facadas no peito, 1 nas costas, 7 no pescoço, várias tentativas de asfixia e um rosto marcado por diversos golpes. Não havia sinais de que tinha sido violentada. A polícia afirma que houve uma testemunha do assassinato que estava andando pela região na hora e ela contou que viu um homem branco dirigindo um carro velho.
Um mês depois, um jornal local recebeu uma carta.
"Eu passo a noite em claro, pensando quem eu matarei na próxima vez."
Depois outras cartas foram enviadas à polícia e ao pai de Cheri. Na verdade, até hoje a polícia suspeita de que caso sequer tenha a ver com o assassino do Zodíaco.
As próximas vítimas eram de Vallejo, Califórnia. Em 20 de dezembro de 1968, um casal de adolescentes estava namorando dentro do carro quando de repente um homem apareceu e mandou os dois saírem. O rapaz se negou e levou um tiro na cabeça. David Faraday morreu na hora. Sua namorada Betty Lou Jensen levou 5 tiros nas costas enquanto tentava fugir apavorada.

Betty Lou Jensen
David Faraday
No ano seguinte outro casal foi atacado a tiros também em Vallejo, o Mike Margeau e a Darlene Ferrin. Mike ainda conseguiu sobreviver, mas sua namorada morreu na hora. Enquanto o assassino ia embora, Mike resolveu tentar fugir de alguma forma. Isso chamou a atenção do homem novamente que voltou e deu mais 2 tiros em cada uma das vítimas, depois parou em um posto e ligou para a polícia de um telefone público avisando o que tinha acabado de fazer. Mesmo assim o garoto sobreviveu e tinha visto o rosto do assassino. Agora a polícia sabe como ele era.

Darlene Ferrin

Mike Margeau
Não demorou muito para 3 jornais locais receberem cartas do assassino com detalhes sobre o crime. O mais interessante é que em uma delas havia uma mensagem codificada e dividida em 3 partes, sendo que cada jornal recebeu uma parte. Entretanto uma coisa era certa: se nenhum desses jornais publicasse os códigos, mais pessoas seriam mortas. Uma página em especial continha um código com letras gregas, símbolos da astrologia, código Morse e que, segundo o próprio autor, era a chave para que a polícia descobrisse a verdadeira identidade do monstro. No final da carta havia uma espécie de brasão que se tornou a marca do assassino. O professor Salinas decifrou a tal carta e obteve a seguinte resposta:
"Matar pessoas é algo que eu gosto, é muito divertido. Melhor do que caçar na floresta, pois é mais arriscado caçar o mais perigoso animal de todos. É melhor do que fazer sexo com uma mulher. Para deixar tudo ainda melhor: quando morrer e ir para o paraíso, todos que matei estarão lá e serão meus escravos. Não direi quem sou ainda, pois vocês irão tentar parar minha colheita de escravos."
A polícia suspeitou que aquilo fosse verídico e pediu para que o maluco enviasse outra carta com mais detalhes de seus crimes como prova de que era realmente ele. Logo um jornal recebeu mais uma carta com o assassino se apelidando de "O zodíaco".

O símbolo no final da carta se tornou a marca do assassino.
Em 1969 o assassino voltou a atacar. Cecelia Shepard e Bryan Hartnell passeavam pela rua à noite quando encontraram um homem estranho. Foram ameaçados pelo estranho antes de serem atacados. O homem tinha contado que tinha fugido de uma prisão e matado um guarda, o que era mentira. Ele então os amarrou num tronco de árvore, os torturou e os atacou. A tortura vivida pelo casal era de uma crueldade sem limites: ele cortava pequenos pedaços de carne de um deles, furava-os com a faca, às vezes esfaqueava lentamente, tudo para ver a dor e o sofrimento dos dois que gritavam e imploravam para que ele parasse.

Cecelia Shepard
Bryan Hartnell

Ninguém sabe quanto tempo de fato tudo aquilo durou. Ela morreu 2 dias depois, mas Bryan sobreviveu e contou o que viu: um homem encapuzado com o símbolo do assassino no peito. No carro do rapaz havia um bilhete com as datas dos assassinatos anteriores, praticamente uma prova de quem era ele. O retrato falado mostrava um homem branco e robusto, de cabelos curtos castanhos, usando óculos e que tinha em torno de 30 anos de idade.


A vítima seguinte foi um motorista de táxi chamado Paul Stine que esperava um cliente em frente a um prédio residencial à noite. Levou um tiro na cabeça e morreu na hora. Duas crianças que brincavam na varanda viram o homem e ligaram para a polícia. Elas o descreveram como sendo alto e negro. Com essa descrição, os policiais deixaram passar um homem branco que estava ali por perto e que provavelmente era o real assassino. Mas desta vez ele tinha sido descuidado e deixado sua impressão digital no carro da vítima. Coube à polícia investigar mais a fundo, embora não tivesse sido constatado nenhum registro com aquela digital. A polícia então começou a questionar se o assassino do zodíaco tinha mesmo executado o taxista. Em pouco tempo, uma nova carta chegou a um jornal e dentro do envelope havia um pedaço da camisa com um pouco de sangue do taxista. Foi comprovado que era exatamente o pedaço que faltava da cena do crime. A carta ainda revelou que ele tinha planos de explodir um ônibus escolar cheio de crianças, o que nunca aconteceu. Talvez porque essa carta nunca tivesse sido publicada para não causar uma histeria coletiva.

Outra carta chegou e com ela uma nova ameaça. Se não a publicassem, ele mataria de novo. No texto ele revelava como se sentia solitário quando não tinha uma carta publicada e que isso o motivava a matar mais ainda. A polícia continuava suas investigações, mas nada conseguia. Por fim uma última carta foi enviada aos jornais. Ele agora ameaçava um ataque em massa e zombava do serviço de inteligência da polícia. A última carta de que se tem notícia, entretanto, foi enviada a um advogado. Nela, o assassino dizia que estava perdendo o controle novamente e que logo iriam ter mais mortes. Depois disso as cartas cessaram.
A última aparição do assassino ocorreu num final de tarde quando uma mulher voltava para casa com o seu filho. Ela viu um carro se aproximar e fazer gestos querendo dizer que tinha um problema numa roda. Ela estacionou, o homem do carro analisou e discretamente soltou alguns parafusos. Ela voltou para o carro e começou a andar, mas logo a roda se soltou e sua única alternativa foi aceitar a carona do estranho. Enquanto dirigia, ele falava de coisas estranhas, o que causou pânico na mulher. Na primeira oportunidade que teve, saiu do carro e fugiu com o bebê. Na delegacia contou que o homem do carro era exatamente como o do retrato falado do assassino do zodíaco.

Retrato falado.
Alguns meses depois a polícia começou a receber cartas novamente. Em uma ele dizia ter matado uma pessoa e que seria divertido ver a polícia se desdobrar pra tentar descobrir quem era. Anos mais tarde, mandou mais uma onde dizia ter matado 13 pessoas e mais alguns anos depois disse que o número chegava a 37 vítimas. Por fim as cartas pararam de vez e ele sumiu para sempre.
Mas quem seria esse assassino maluco e cruel? Na época a polícia suspeitou de 2500 pessoas, mas nenhuma provou ser o verdadeiro assassino.
Um fato interessante é que recentemente o escritor Gary L. Stewart estava procurando por pistas sobre seu pai biológico quando soube que seu DNA era semelhante ao do assassino do zodíaco.

Gary L. Stewart

Ele também afirma que o homem era extremamente frio e tinha uma mente doentia, sem contar que sua aparência é muito semelhante à dos retratos falados.


O pai de Gary.
Em 1991, Jack Steadman Beeman, um advogado de São Francisco também afirmou que conhecia o assassino e que era seu irmão que já tinha morrido. Em nenhum dos casos foi confirmada a legitimidade.
O mistério hoje intriga gente do mundo todo e alguns grupos de pessoas tentam investigar por conta própria. Acredita-se que sua própria condição mental o tenha levado a se matar, mas quem é que sabe afinal de contas?


VEJA MAIS:
Cartas originais do assassino do zodíaco (em inglês): link

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