MadBizarrice: A Condessa Sangrenta


O que você faria para parecer mais jovem? Usaria algum creme ou injetaria botox? Apelaria pra uma cirurgia plástica ou inventaria uma máquina do tempo? Isabel Bathory (o nome original é Erzsébet Báthory), a Condessa Sangrenta, acreditava que o sangue de garotas jovens resolveria esse problema.


Nasceu em  7 de agosto de 1560 na Hungria. Com uma infância difícil, doenças repentinas e um comportamento incontrolável, chegou a noivar com apenas 11 anos de idade com o conde Drácula Ferenc Nádasdy. Depois de uma gravidez inesperada de um camponês 3 anos depois do noivado, ela se casou com o conde no ano seguinte (ela com 15 anos e ele com 26) e finalmente ganhou o controle de toda a propriedade, já que ele ficava mais fora por causa das guerras do que dentro do seu castelo. Foi então, meus amigos, que os jogos começaram o sadismo começou.

Antes de continuar, gostaria de deixar claro que maltratar empregados era comum e não era mal visto pela nobreza européia na época. No entanto, Isabel elevou tudo a um patamar diabólico e ganhou uma fama desprezível. Apesar de tudo, nunca machucou ou destratou seus filhos e marido, segundo relatos.

Qualquer empregado que saísse fora da linha ou que errasse em algo era severamente punido. Ela chegou ao ponto de arranjar qualquer desculpa para punir seus empregados a qualquer custo, que iam de torturas à mortes variadas. Os castigos iam desde agredir os empregados com um pesado maço, decepar as mãos, espetar alfinetes em lugares sensíveis do corpo (como debaixo das unhas, por exemplo) até fazer os empregados tirarem toda a roupa e andar pela neve durante o inverno, enquanto recebiam baldes e mais baldes de água gelada em cima até morrerem de hipotermia. Se alguém derrubasse ou quebrasse alguma coisa, teria seus intestinos removidos lentamente. O corpo ainda era jogado aos porcos famintos. Péssimo serviço? A condessa resolvia servindo o sangue do péssimo empregado no jantar, pois adorava beber sangue humano. Outras atividades como decepar dedos e cabeças, castrar os homens, costurar bocas e narizes, mergulhar o rosto das vítimas em óleo fervendo, estuprar, queimar genitais e pêlos pubianos com uma tocha, esmagar cabeças, deixar as pessoas morrerem de fome, dar inúmeros socos, arrancar a pele e abrir pessoas vivas, atravessar as vítimas com lâminas pontiagudas e até mesmo enxertar pedaços de pessoas mortas em pessoas vivas faziam parte da diversão diária de Isabel. Sua tortura predileta era usar um sifão hidráulico para esmagar as vítimas.

Você deve estar pensando: mas e o conde? Como ele lidava com tudo isso?


A resposta é bem simples,meus caros, ele simplesmente ajudava ela com as torturas. É isso mesmo, ele era tão filho da puta malvado quanto ela! Eles trocavam cartas com ideias de como torturar os empregados, mas ele nunca chegou ao ponto de matar. O desgraçado chegou até a ensinar uma nova modalidade que consistia em pegar uma mulher nua, passar mel por todo o seu corpo e deixá-la à mercê dos insetos.

Nem preciso explicar que Isabel tinha uma intensa atração por mulheres né? Ela costumava frequentar uma tia lésbica chamada Klara, que permitia que participasse de orgias com jovens garotas em sua própria casa.

Quando finalmente ficou viúva, Isabel resolveu ir para Viena e depois Eslováquia e a partir daí a coisa só piorou. Sim, era possível piorar! Agora ela tinha uma comparsa chamada Anna Darvulia, da qual se sabe muito pouco até hoje, mas as más línguas afirmam que ela era uma ocultista e praticante de magia negra e que era amante de Isabel. Com Darvulia, ela montou um macabro laboratório nos confins do castelo, afim de praticar os atos mais brutais que o mundo já viu. Nas masmorras continham diversos aparelhos de tortura como a "Virgem de Ferro", ganchos, atiçadores aquecidos, etc.

Segundo a lenda, durante um passeio Isabel insultou uma idosa dizendo que sua aparência era repulsiva. A idosa por sua vez retrucou dizendo que Isabel um dia ficaria como ela. Isso atormentou a diabólica condessa a tal ponto que sua sanidade se esvaiu completamente. Quando tinha 44 anos, o que era quase como estar na terceira idade naquela época, ela passou a acreditar que o sangue de mulheres jovens seria a verdadeira fonte da juventude. Tudo começou quando um dia uma criada puxou o cabelo dela acidentalmente enquanto os escovava. Isabel deu uma surra com tanta força que a garota começou a sangrar e espirrou nas mãos da condessa. Não demorou muito para que percebesse que conforme o sangue secava, sua pele ficava mais jovem e branca como a pele das jovens camponesas. Nunca houveram provas de que realmente tenha se banhado em sangue de jovens garotas, mas sabia-se que era costume torturar as garotas de tal forma que ficava banhada em sangue. Ela também adorava beber o sangue e arrancar a carne de suas vítimas ainda vivas. Ainda sim, as lendas sobre os banhos de sangue da condessa são muito fortes e presentes quando seu nome é lembrado. Outros criados como Ficzko (demente mental que ocultava os cadáveres e ajudava a operar os instrumentos de tortura), Helena Jô (a ama dos seus filhos e enfermeira do castelo), Dorothea Szentos (Dorka, uma velha governanta) e Katarina Beneczky (uma lavadeira que havia sido poupada) se juntaram às práticas diabólicas de Isabel. Com Darvulia morta, Isabel se entregou a uma viúva de um fazendeiro, Erzsi Majorova. Esta foi a responsável por enfiar na cabeça de Isabel a ideia de usar jovens nobres em suas práticas também, já que Darvulia garantia que as vítimas fossem apenas camponesas. Os boatos sobre suas práticas já haviam se espalhado e haviam pouquíssimos candidatos a serem servos de seu castelo, além do mais moças nobres começaram a desaparecer na mesma época. Não foi à toa que ganhou o título de "a condessa sangrenta".

Thurzo
As torturas poderiam ter prosseguido até a sua morte, já que ninguém ligava pros desaparecimentos das camponesas e o rei também não estava afim de investigar os desaparecimentos das jovens nobres, porém Isabel contraiu uma dívida tão grande que teve seus bens confiscados pelo rei Matyas através de seu primo, da qual não se dava, o conde Thurzo. Ao entrar no castelo, o cara encontrou corpos e mais corpos, instrumentos de tortura e a porra toda. Em 26 de dezembro de 1610, ela foi presa e seu julgamento foi conduzido pelo próprio conde. Uma segunda sessão teve como prova principal uma agenda com mais de 650 nomes de vítimas. Diversos relatos foram ouvidos, no entanto a condessa se negou a dizer uma palavra sequer, alegando ter privilégios nobiliários. Ficzko acabou sendo decapitado. Dorka, Helena e Erzsi tiveram os dedos decepados e depois foram queimadas vivas. Karina foi poupada, já que possivelmente era amante de um dos juízes segundo as más línguas (a mulher escapa de tudo, vai ter sorte assim na China!). Quanto a Isabel, ela foi condenada a prisão perpétua. Foi trancada em seu quarto, teve janelas e portas barradas com tijolos, deixando apenas uma pequena abertura para o ar e para a pouca comida que lhe mandavam. Passou fome e frio, ficou isolada de tudo e de todos, mas nunca mostrou estar arrependida. Também nunca entendeu porque foi condenada. Morreu sozinha e esquecida em 21 de agosto de 1614. Foi encontrada pelo seu carcereiro, um corpo da bela condessa de 54 anos de idade jogado no chão, inerte e solitário.Os documentos de seu julgamento foram lacrados, para não expor e difamar a coroa e nobreza húngara da época, já que Isabel tinha parentescos com gente muito poderosa. Seu nome foi proibido de ser pronunciado entre os nobres e só depois de 100 da sua morte, um padre jesuíta teve acesso a alguns documentos originais de seu julgamento. Foi dele que surgiu a teoria dos banhos de sangue, o que alimentou compulsivamente as lendas de vampirismo na Europa. Alguns dizem que ela foi na verdade uma vítima por causa de tanta inveja por parte de seus inimigos, já que era a mulher mais rica da Hungria e que até o rei devia dinheiro a ela, que inventaram esses boatos terríveis para lhe tirar toda a fortuna e a própria vida.

Na minha opinião, o que essa mulher fez humilha o Hitler ou qualquer outro ditador moderno. Ela sozinha conseguiu encarnar o próprio diabo e realizar atrocidades que até hoje são proibidas de serem reveladas. Se ela fez mesmo ou não, nunca saberemos, mas eu não duvido da insanidade humana e sei muito bem que a Idade Média é uma das épocas mais negras que a humanidade já teve. Seja como for, a Condessa Sangrenta nos mostra que a luxúria, avareza e a vaidade adicionadas de uma pitada de insanidade podem culminar numa história dotada de tragédias, terror e principalmente de bizarrice.

Liuka

É uma verdadeira draga de coisas inúteis e ao mesmo tempo interessantes.

Um comentário:

  1. Interessante, gostei muito do blog xd
    Mas acho que ela nem se compara com hitler!
    No holocausto morreram mais pesssoas que essa condessa conseguiria matar em 1000 anos.
    Acho tambem que os metodos de torturas sao semelhantes, mas afinal sao todos insanos! Todos loucos de pedra hauhuahua

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