MadBizarrice: Objetos feitos com pele humana


Bibliopedia antropodérmica. Não, não tem nada a ver com bibliotecas ou com a Wikipédia. Na verdade, essa é uma das práticas mais bizarras que já existiram (e existem, vai saber!) no mundo. Consiste em tirar a pele de um ser humano e utilizá-la para encadernar um livro, mas muitos outros objetos já foram feitos com pele humana. Fizemos uma seleção, confira:

Abajur - dizem as más línguas que muitos nazistas utilizaram a pele de judeus mortos para iluminar suas salas.


Porta-charuto - Um oficial da polícia secreta francesa pegou pedaços da pele de um assassino condenado à morte chamado Henri Pranzini e fez um porta-charutos com ela.

Carteiras e bolsas - em 1833, o assassino francês Antoine LeBlanc foi enforcado. Sua pele foi usada para fazer carteiras e bolsas. Nazistas também fizeram carteiras com pele humana dos judeus massacrados.
 
Carteira feita com a pele de LeBlanc.


Carteira feita com a pele de algum judeu azarado.

Chinelos - No final do século XVIII, um cirurgião francês chamado Pierre Sue doou um par de chinelos feitos de pele humana para o museu Cabinet du Roi.

Colete - Um cruel comandante militar e líder político francês chamado Saint-Just estava paquerando uma mulher, mas ela o desprezava. Irritado, um dia ele a matou e mandou que um cirurgião removesse sua pele. Então ele pegou a pele e fez um belo colete que usava todos os dias.

Saint-Just
 Tambor - Em pleno século XV, um comandante militar chamado Jan Ziska ordenou em seu leito de morte que a sua pele fosse usada em um tambor para continuar aterrorizando o inimigo no campo de batalha. Há um outro tambor feito com a pele de uma garota tibetana virgem que é utilizado no ritual Lama. Dizem que sua pele foi tirada enquanto ainda estava viva e seu sacrifício não foi em vão, pois virgens eram sagradas na época.

Tambor feito com a pele da virgem tibetana.
Porta-cartão - um assassino de aluguel chamado William Burke que vendia junto com outro assassino, William Hare, corpos para um cirurgião, foi enforcado e sua pele foi usada para fazer um porta-cartão e um livro de bolso. O porta-cartão pode ser visto no Centro de Informação da Polícia Royal Mile, de Edimburgo.


Botas e sapatos - um sapateiro chamado Sr. Mahrenholz pegou a pele de dois idosos já mortos e fez um par de botas em 1876. Hoje elas estão no Instituto Smithsonian, em Washington. Um assaltante chamado George narigudo teve sua pele usada em sapatos que estão expostos no Museu Carbon County no Rawlins, Estados Unidos. Tais sapatos foram um símbolo da autoridade do Dr. Osborne, que foi o responsável por retirar a pele do George e que se tornou mais tarde presidente de um banco e governador.



 Maleta e porta-moedas - Ainda utilizando George Narigudo como matéria-prima, o Dr. Osborne fez uma maleta de médico e um porta moedas com sua pele.


Moda francesa - o resultado da revolução francesa foram pilhas e pilhas de corpos, mas os franceses logo acharam que seria um desperdício descartar tanta matéria-prima. A Comissão de Segurança Pública permitiu que a pele dos presuntos cadáveres pudesse ser reutilizada para outros fins e por isso muitas pessoas andavam com coletes e botas feitos de pele humana, afirmando que era um produto flexível e de alta qualidade.

Livros - sem dúvida esse é o objeto mais famoso e mais cobiçado. Não são raras as histórias de livros que foram encadernados com pele humana, sendo que muitos surgiram no século XVII. Os Direitos do homem e a constituição francesa de 1873 tem algumas edições encadernadas com pele humana. Estudantes de medicina costumavam aproveitar a pele de suas cobaias mortas e encadernar seus livros de anatomia. Um livro chamado“Hic Liber Waltonis Cute Est Compactus” (Este livro é encadernado com pele de Walton) que pode ser encontrado na biblioteca Athenaeum de Boston, foi encadernado com a pele de um assaltante do século XIX chamado George Walton. Samuel Johnson tinha um dicionário encadernado com a pele do assassino James Johnson. O museu de Bury St Edmunds, em Suffolk na Inglaterra, tem o processo de 1827 do assassinato de Maria Martin no celeiro vermelho encadernado com a pele do assassino (William Corder). Na Europa Medieval, a encadernação com pele humana era muito comum. Há outros livros nas bibliotecas da Universidade da California e de Bancroft de Bekeley. Essa prática era tão comum que em um artigo de um jornal de 1800, o St. Louis Post Dispatch, a prática foi retratada como uma técnica eficiente de encadernação, mas claro, com uma certa discrição também. Infelizmente a maioria não está em exibição por uma questão de ética, já que são feitos de pele humana.

Livro de Walton

Nas minhas pesquisas sobre o assunto, eu sem querer encontrei uma empresa britânica que faz qualquer coisa com pele humana. Não é brincadeira, eles fazem cintos, carteiras e sapatos.  A matéria-prima vem de doadores mortos que doam sua pele para essa empresa. Eles garantem que não é ilegal, mas que é bem difícil de obter o material. Se você está interessado em um produto, terá que desembolsar uma grande quantia porque eles afirmam que, além do material ser escasso, dá muito trabalho fazer algo com a pele humana. Os preços variam de 14mil dólares por uma carteira, 15,7mil por um cinto e 27mil por um par de sapatos, mas isso pode mudar conforme o tipo de produto e customização. No entanto, o resultado é muito bom e satisfatório. Eles garantem que o material seja um dos melhores do mercado, extremamente flexível, macio e durável. Você pode encontrá-los neste site: Human Leather.uk

Liuka

É uma verdadeira draga de coisas inúteis e ao mesmo tempo interessantes.

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