Não é difícil vermos filmes futuristas hoje em dia. Robôs, carros automáticos e toda a parafernalha que rodeia um mundo utópico e fantástico são itens indispensáveis para qualquer ficção científica. Entretanto esses itens não são uma coisa nova e em 1927, justamente quando a tecnologia começava a dar seus passos, foi lançado um filme revolucionário. O filme de hoje é o clássico "Metrópolis".
O ano é 2026 e o mundo vive numa era tecnológica bastante avançada. Acima da superfície ficam os mestres e seus filhos, abaixo ficam os operários que são as verdadeiras engrenagens que movem o mundo acima. John Fredersen é a cabeça por trás de tudo, o homem que comanda a cidade inteira de Metrópolis e um verdadeiro capitalista mesquinho e egoísta. Um belo dia seu filho, Freder, descobre um mundo totalmente novo sob a superfície, cheio de máquinas e operários que trabalham como escravos todos os dias e todas as horas. Ele decide tirar satisfação com seu pai que logo explica que as coisas funcionam assim mesmo. Insatisfeito, Freder decide viver um dia como um operário para tentar entender o seu sofrimento. Sem querer descobre que eles estão armando um plano para um motim e que a líder é Maria, uma mulher que Freder já tinha visto e se interessado antes. Ela é a mensageira de uma profecia que livrará os operários de toda a opressão, sendo apenas necessário encontrar um mediador para isto. Infelizmente John já está ciente também dos planos graças a um espião e acaba demitindo seu assistente, o Josafá, por não ter lhe ajudado a descobrir antes. Agora John planeja acabar com os planos de motim e para isto pedirá a ajuda do inventor maluco Rotwang que pode transformar um robô em uma cópia perfeita de um ser humano e infiltrá-lo no mundo dos operários. Maria é sequestrada pelo inescrupuloso espião de John e usada para criar uma cópia fiel para a máquina. Basta apenas programar o robô para confundir os operários e levá-los para o caminho errado, de forma que eles mesmos se prejudiquem. Não resta outra alternativa para Freder senão recorrer a Josafá e tentar salvar Maria e os operários de um destino cruel. Será que Freder poderá ajudar a todos antes que seja tarde demais? Será que o robô conseguirá enganar a todos? Poderá John vencer essa revolução?
O filme é antigo pra caramba, as cópias européias estavam em péssimo estado e muitas cenas foram perdidas. A sorte é que encontraram uma cópia na Argentina a alguns anos atrás e puderam recuperar a maioria das cenas perdidas, a má notícia é que essa cópia era de um tamanho de quadros menor, mas mesmo assim serviu ao seu propósito. Com boa parte do filme recuperado, nota-se que a fotografia é excelente pra época e os efeitos especiais, mesmo que primitivos, eram incríveis! O filme é mudo, mas a trilha sonora é maravilhosa também. Vale muito a pena dar uma conferida nesse clássico que provavelmente foi o pai de todos os filmes de ficção científica do mundo!
Título original: Metropolis
Lançamento: 1927 - Alemanha
Direção: Fritz Lang
Elenco: Alfred Abel, Brigitte Helm, Gustav Fröhlich, Erwin Biswanger, Rudolf Klein-Rogge, Theodor Loos
Gênero: Ficção científica/ Suspense/ Drama
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A história no começo tava fazendo bastante sentido, o engraçado foi que me lembrou a edição #02 de Guerras Secretas que o Hickman tá escrevendo atualmente para a Marvel, não duvido nada essa história ter sido uma das inspirações dele. Mas como eu disse, tava bem interessante até essa parte de clone androide, ainda não assisti esse filme, quando eu estava na faculdade de Ciências Sociais (tá vendo que eu posso te surpreender também, aposto que nunca imaginaria um cara como eu fazendo esse curso) algumas das poucas pessoas que eu falei me recomendou veemente esse filme. Já assistiu um filme lá dos primordios do Psicopata Brando chamado "Deuses Vencidos"? Vi algumas poucas partes em um canal de TV a cabo e parecia ser muito bom. Assim como Otelo feito pelo (adaptado na verdade) Orson Wells, um homem que desde da juventude meu tio considera como "o maior mestre de cinema que já viveu". Nunca parei para assistir nenhum filme dele e com ele, até mesmo Cidadão Kane, mas esse Otelo, me deixou intrigado, tal como Deuses Vencidos e agora Metrópolis, após eu entender uma parte do contexto da obra.
Vou ser sincera: quando baixei esperava assistir um filme com um cenário mais tosco, ao estilo "Tempos Modernos" do Chaplin. Entretanto me deparei com uma verdadeira obra de arte em filme! Não só o cenário, mas todo o enredo é muito bem feito. Não é à toa que o filme é lendário. Vi "Deuses vencidos" e é outra obra magnífica, mas não vi o Otelo. Agora que você falou vou procurar. Ciências Sociais hein? Realmente não poderia imaginar! Eu já era fã do Welles também por causa do Cidadão Kane, portanto acho que teu tio tem razão. O cara ainda bota no chinelo muita gente que é do ramo hoje em dia. Mas vale muito a pena assistir o Metrópolis.
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ResponderExcluirVou ser sincera: quando baixei esperava assistir um filme com um cenário mais tosco, ao estilo "Tempos Modernos" do Chaplin. Entretanto me deparei com uma verdadeira obra de arte em filme! Não só o cenário, mas todo o enredo é muito bem feito. Não é à toa que o filme é lendário. Vi "Deuses vencidos" e é outra obra magnífica, mas não vi o Otelo. Agora que você falou vou procurar. Ciências Sociais hein? Realmente não poderia imaginar! Eu já era fã do Welles também por causa do Cidadão Kane, portanto acho que teu tio tem razão. O cara ainda bota no chinelo muita gente que é do ramo hoje em dia. Mas vale muito a pena assistir o Metrópolis.
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